O que são as Blue Zone, Green Zone e Freezone? Entenda as diferenças das zonas da COP 30 em Belém
A conferência, que será realizada de 10 a 21 de novembro, será organizada em três espaços diferentes
A contagem regressiva para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) já começou. O evento será realizado a partir do dia 10 de novembro de 2025, em Belém, e contará com diferentes espaços, chamados de zonas, que vão abrigar debates, negociações e apresentações.
A COP30 será dividida em três zonas principais: a Blue Zone, onde acontecem as negociações oficiais e reuniões de líderes; a Green Zone, voltada à interação com a sociedade civil e à inovação sustentável; e a Freezone, que terá ações culturais. As estruturas dessas áreas já estão sendo finalizadas em Belém, que se prepara para receber visitantes de todo o mundo. Confira, a seguir, o que é cada uma das zonas.
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Blue Zone (Zona Azul)
A Blue Zone será o espaço mais restrito e diplomático da COP30. É ali que ocorrerão as negociações oficiais, a Cúpula de Líderes e as reuniões entre chefes de Estado, delegações e organismos internacionais.
Organizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), a Zona Azul terá acesso limitado apenas a delegações oficiais, observadores, organizações credenciadas e imprensa autorizada.
Instalada no Parque da Cidade, a Blue Zone será o coração político do evento, onde serão definidas as diretrizes que orientarão as políticas climáticas internacionais. No espaço, haverá plenárias, pavilhões de países, escritórios de delegações, salas de imprensa e áreas para encontros multilaterais.
O Brasil contará com um pavilhão oficial, organizado pelo governo federal, que vai apresentar projetos, estratégias e compromissos do país na agenda climática. É também na Blue Zone que ONGs e entidades credenciadas terão oportunidade de mostrar iniciativas e propor soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Green Zone (Zona Verde)
Além da esfera diplomática, a COP30 também será um espaço de diálogo com a sociedade civil. Esse papel será cumprido pela Green Zone, também localizada no Parque da Cidade, e com acesso livre ao público.
A Zona Verde vai reunir instituições públicas, empresas privadas, organizações não governamentais (ONGs), universidades, comunidades locais e lideranças globais, conectando inovação, cultura e sustentabilidade.
Durante o evento, a programação do Pavilhão Pará já está confirmada na Green Zone, com 342 atividades selecionadas entre oficinas, debates, exposições e apresentações artísticas. As propostas foram escolhidas pela qualidade técnica, relevância temática e contribuição para políticas ambientais, segundo o comitê organizador.
Entre os principais objetivos da Zona Verde estão:
- Valorizar soluções climáticas concretas, com foco em mitigação e adaptação;
- Ampliar o diálogo público, tornando o debate acessível e inclusivo;
- Fomentar redes e alianças, estimulando cooperação e inovação sustentável.
O espaço também dará visibilidade à ciência amazônica, aos povos indígenas e às comunidades tradicionais. Além disso, a programação prevê atividades educativas, culturais e interativas, voltadas a estudantes, famílias e visitantes.
Freezone Cultural Action (Zona Livre)
Em paralelo à conferência principal, Belém também será palco da Freezone Cultural Action. O espaço será totalmente gratuito e aberto ao público, funcionando de 9 a 21 de novembro de 2025, na Praça da Bandeira.
A programação incluirá shows, exposições, gastronomia, intervenções artísticas, rodas de conversa e fóruns temáticos, sempre com foco na diversidade, inclusão e cultura.
Em algumas atividades, pode haver inscrição prévia devido ao número limitado de vagas, mas a maior parte será de livre acesso.
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