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Iniciativa de bioeconomia na Ilha do Combu recebe visita de ministra alemã

Pela primeira vez, na América Latina, para participar da COP 30, a ministra foi conhecer de perto os exemplos de sucesso de bioeconomia no Pará

Agência Pará

A secretária adjunta de Bioeconomia da Semas, Camille Bemerguy, e a secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, acompanharam a visita da ministra alemã, Reem Alabali-Radovan, à Ilha do Combu, neste domingo (9), em Belém. Pela primeira vez na América Latina para participar da COP 30 (30ª Conferência Mundial sobre Mudanças do Clima), a ministra foi conhecer de perto os exemplos de sucesso de bioeconomia no Pará.

A comitiva esteve na Casa de Chocolate – Filha do Combu, idealizada e de propriedade da paraense Izete Costa, mais conhecida como dona Nena. “O encontro simboliza o reconhecimento internacional do potencial da região como laboratório vivo de soluções sustentáveis e reforça a credibilidade de iniciativas que unem preservação ambiental, geração de renda e inovação tecnológica", afirmou Camille Bemerguy.

Camille complementou: "Além do simbolismo, a presença da autoridade alemã fortalece as relações bilaterais e pode abrir novas frentes de cooperação técnica e financeira em torno da transição ecológica. A visita amplia a visibilidade global da bioeconomia amazônica, atraindo investidores, cientistas e formuladores de políticas interessados em modelos de desenvolvimento baseados na floresta em pé — um passo estratégico rumo à consolidação da Amazônia como protagonista da economia verde mundial”, ressaltou.

O Governo do Estado vem atuando no desenvolvimento de economias sustentáveis e no fortalecimento dos povos originários. A fábrica de chocolate Filha do Combu foi uma das beneficiadas pelo Projeto de Cooperação Financeira entre o Governo do Pará e o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW Bankengruppe), o projeto Floresta em Pé (Realiza Pará).

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Valores tradicionais e bioeconomia

O fomento à bioeconomia está diretamente ligado à preservação ambiental e aos valores tradicionais das comunidades nativas amazônicas. Camille Bemerguy reforçou o trabalho que vem sendo realizado pelo Governo do Estado e pela Semas na valorização e união dessas tradições com a bioeconomia.

"A Semas atua como um elo fundamental entre a preservação ambiental, o fortalecimento da bioeconomia e a valorização dos saberes tradicionais no Pará. Por meio de políticas públicas e programas voltados à gestão territorial sustentável, a Semas busca integrar o desenvolvimento econômico à conservação dos ecossistemas e à valorização cultural das comunidades locais, especialmente povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, que são guardiões de conhecimentos essenciais para o uso responsável dos recursos naturais. Essa atuação se traduz em ações como o apoio a cadeias produtivas sustentáveis, o estímulo a práticas de manejo florestal comunitário, a certificação de produtos da sociobiodiversidade e o incentivo à pesquisa e inovação em bioeconomia. A Semas também tem papel central na regulamentação e no monitoramento ambiental, garantindo que o crescimento econômico da Amazônia ocorra com respeito ao meio ambiente e aos modos de vida tradicionais, promovendo um modelo de desenvolvimento que alia ciência, cultura e conservação."

Para a Semas, a COP 30, em Belém, é uma oportunidade para estreitar relações e consolidar parcerias. A visita da ministra alemã contribui para ampliar o diálogo com foco em novos investimentos internacionais e no desenvolvimento sustentável.

"Sem dúvida, a visita ocorre em um momento estratégico, às vésperas da COP30, e fortalece o diálogo entre o Governo do Pará e a Alemanha em torno de novos acordos de cooperação para o desenvolvimento sustentável. Já existem iniciativas conjuntas, como projetos de fortalecimento da governança ambiental, monitoramento da cobertura florestal e fomento à bioeconomia, desenvolvidos com apoio de instituições alemãs, como o KfW e a GIZ. O objetivo é ampliar essas parcerias, atraindo novos investimentos e tecnologias que apoiem o Pará na construção de uma economia verde, inclusiva e de baixo carbono”, concluiu a secretária Camille.

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