Helder Barbalho e governador da Califórnia se encontram no Parque da Bioeconomia no 2º dia da COP 30
Encontro no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, em Belém, marca aproximação estratégica entre Pará e Califórnia e consolida o estado como referência global em sustentabilidade e tecnologia verde.
O governador do Pará, Helder Barbalho, recebeu na manhã desta terça-feira (11) o governador da Califórnia, Gavin Newsom, no Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, localizado no Complexo Porto Futuro 2, em Belém. O encontro ocorreu durante o segundo dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) e simboliza o fortalecimento da cooperação internacional entre o Vale Bioamazônico e o Vale do Silício, dois ecossistemas de inovação voltados ao desenvolvimento sustentável.
Parceria estratégica pela sustentabilidade
A visita de Newsom a Belém faz parte da programação oficial da COP 30 e reforça o diálogo entre o governo do Pará e o estado norte-americano da Califórnia.
Conhecido por seu protagonismo nas pautas ambientais e por críticas contundentes ao ex-presidente Donald Trump, o governador californiano destacou a importância da união de esforços globais diante da crise climática.
Na véspera, Newsom havia classificado como “estupidez” a ausência dos Estados Unidos no evento climático internacional.
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Vale Bioamazônico: um novo polo global de inovação verde
Recém-inaugurado pelo Governo do Pará, o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia integra o projeto do Vale Bioamazônico, lançado oficialmente por Helder Barbalho na segunda-feira (10). O complexo é considerado o mais diversificado centro de desenvolvimento tecnológico voltado à produção florestal sustentável no mundo.
Instalado nos Armazéns 5 e 6 do antigo porto de Belém, às margens da Baía do Guajará, o espaço ocupa uma área de 6 mil metros quadrados. O local conecta ciência, tecnologia, empreendedorismo e saberes tradicionais, com o objetivo de transformar a biodiversidade amazônica em produtos de alto valor agregado, como alimentos, cosméticos e químicos finos.
O Armazém 5 abriga o Centro de Negócios, que integra o Centro de Sociobioeconomia e o Centro de Gastronomia Social. O espaço reúne coworkings, incubadoras, aceleradoras, salas de reunião, fundos de investimento, showroom de inovação, lounge para eventos e o Balcão Único — criado para facilitar o acesso de empreendedores a tecnologias, assistência técnica e mecanismos de fomento. No mesmo local funcionam o Laboratório Vivo, voltado à cocriação entre comunidades, startups e pesquisadores, e a Escola de Saberes da Floresta, dedicada à valorização dos conhecimentos tradicionais e à capacitação em manejo sustentável.
No Armazém 6 está localizado o Laboratório Fábrica, parte integrante do Centro de Inovação. Trata-se de uma planta piloto equipada para pesquisa, desenvolvimento e produção experimental de novos produtos da bioeconomia amazônica a partir de insumos florestais. O ambiente também concentra a gestão de pesquisa e desenvolvimento, responsável por articular uma rede de laboratórios parceiros, além de um showroom destinado à apresentação de tecnologias verdes e protótipos a investidores e compradores do Brasil e do exterior.
O que é o Parque da Bioeconomia?
O Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia é um projeto estruturante do Plano Estadual de Bioeconomia do Pará e nasce como o maior polo do setor na América Latina. O investimento total, de R$ 300 milhões, resulta de uma parceria entre o Governo do Pará e a empresa Vale, no âmbito do Programa Estrutura Pará, com patrocínio da Natura e do Fundo Vale.
A estratégia do Estado é consolidar um ambiente permanente de cooperação entre o poder público, a iniciativa privada, a academia, as comunidades tradicionais e organismos internacionais, com o objetivo de ampliar os empreendimentos de bioeconomia e fortalecer uma economia baseada na floresta viva — promotora de desenvolvimento, inovação e sustentabilidade para toda a Amazônia.
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