Exclusivo: Grupo Liberal visita AgriZone da Embrapa antes da COP 30; veja fotos e vídeo

Espaço inédito destaca tecnologias sustentáveis e práticas agropecuárias para enfrentar mudanças climáticas.

Jéssica Nascimento
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Na manhã desta quarta-feira (5/11), o Grupo Liberal teve a oportunidade de conhecer de perto a AgriZone da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), um dos maiores espaços de inovação voltados para a sustentabilidade na agricultura brasileira. Localizada na Embrapa Amazônia Oriental, a AgriZone promete ser um dos destaques da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), com um conjunto de pavilhões interativos que demonstram as mais recentes tecnologias agrícolas e soluções sustentáveis para o futuro do setor agropecuário.

A AgriZone, que será um dos principais pontos de discussão durante a COP 30, foi projetada para apresentar as contribuições da Embrapa e  parceiros dela em busca de uma agricultura mais sustentável, resiliente e adaptada às mudanças climáticas. Durante a visita, o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos, destacou a importância do espaço, que concentra soluções de baixo carbono para a produção de alimentos, fibras e energia.

Tecnologia e sustentabilidade em foco

De acordo com Walkymário Lemos, a AgriZone é a “casa da agricultura sustentável”, concebida para ilustrar como as inovações da Embrapa estão contribuindo para uma transição eficiente para sistemas agropecuários mais verdes e eficientes

image (Foto: Ivan Duarte)

"A AgriZone é a última etapa da nossa grande Jornada pelo Clima, que percorreu diferentes biomas brasileiros. Aqui, vamos mostrar soluções que vão desde a soja até a carne de baixo carbono, passando por tecnologias que promovem a adaptação dos sistemas agropecuários às mudanças climáticas", afirmou Lemos.

image Walkymário Lemos durante entrevista ao Grupo Liberal na AgriZone da Embrapa. (Foto: Ivan Duarte)

Localizada a 1,8 quilômetro das áreas oficiais da Green Zone e da Blue Zone, a AgriZone contará com transporte gratuito oferecido pela Embrapa para os participantes da COP 30.

image (Foto: Ivan Duarte)

Espaço interativo e inclusivo

Com uma estrutura que combina ciência, cultura e tecnologia, a AgriZone abriga um grande pavilhão imersivo que reunirá as principais entregas da Embrapa, exposições digitais e a presença de parceiros estratégicos. O local também receberá mais de 350 eventos ao longo das duas semanas de conferência.

image (Foto: Ivan Duarte)

“Aqui na sede da Embrapa Amazônia Oriental, temos um conjunto de espaços inclusivos e imersivos. No pavilhão, o visitante vai poder conhecer as tecnologias sustentáveis da Embrapa de forma digital e interativa. Também haverá espaços para talk shows, auditórios e uma área especial, o AgroCoffee, onde as pessoas poderão relaxar e aproveitar um pouco do que a ciência brasileira gerou”, destacou Lemos.

image  (Foto: Ivan Duarte)

Vitrines vivas e fazenda tecnológica

Entre os principais atrativos da AgriZone estão as sete vitrines vivas, onde o público poderá observar na prática protocolos de baixo carbono aplicados à produção de carne, leite, soja, trigo, sorgo e milho. Além disso, o espaço abriga uma grande fazenda experimental, com cerca de 40 inovações tecnológicas e mais de 60 genéticas desenvolvidas pela Embrapa.

“Temos vitrines vivas espalhadas por todo o espaço, e neste momento estamos no nosso núcleo de responsabilidade socioambiental, com tecnologias agroalimentares voltadas à inclusão socioprodutiva”, disse o chefe-geral.

Outro destaque é o fragmento florestal conhecido como Capoeira do Black, uma área de vegetação amazônica preservada no coração de Belém.

image (Foto: Ivan Duarte)

“Os visitantes poderão literalmente adentrar uma floresta amazônica no meio da cidade. É um espaço que vem sendo estudado há mais de seis décadas e representa a integração entre pesquisa científica e conservação ambiental”, ressaltou Lemos.

Diversidade de soluções para diferentes públicos

Para Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, a AgriZone reflete o trabalho realizado pela empresa em parceria com diversos setores da sociedade, abrangendo desde a agricultura familiar até os grandes produtores.

image (Foto: Ivan Duarte)

Em entrevista por vídeo ao Grupo Liberal na manhã desta quarta (5/11), Silvia destacou o papel da Embrapa no desenvolvimento de tecnologias que atendem às necessidades de diferentes públicos, como comunidades quilombolas e indígenas, além de apresentar soluções para as grandes culturas brasileiras.

"A Embrapa trabalha com soluções para pequenos, médios e grandes produtores. Vamos apresentar tecnologias voltadas para a produção de mandioca, banana, café e carne de baixo carbono, entre outros. Nosso objetivo é mostrar que a agricultura de baixo carbono é não apenas possível, mas também uma estratégia essencial para garantir a segurança alimentar e o futuro do nosso país", explicou a presidente da Embrapa.

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AgriZone e COP 30

Em relação à COP 30, Silvia Massruhá enfatizou que a AgriZone será um espaço fundamental para discutir a contribuição da agropecuária brasileira para as metas globais de sustentabilidade

"A agricultura brasileira é uma potência agroambiental, capaz de produzir alimentos de forma sustentável e ao mesmo tempo preservar nossos ecossistemas. Na COP 30, vamos debater temas como agricultura regenerativa, pecuária sustentável e agricultura de baixo carbono", afirmou Silvia.

Ela também mencionou lançamentos importantes que ocorrerão durante o evento, como a plataforma SoloBR, uma iniciativa da Embrapa para monitorar a saúde do solo, um componente essencial para qualquer sistema agropecuário sustentável. Além disso, será apresentada a carne de baixo carbono, um dos produtos inovadores da Embrapa que visa a reduzir as emissões de gases de efeito estufa associadas à pecuária.

image (Foto: Ivan Duarte)

De acordo com a presidente da Embrapa, a empresa tem trabalhado em iniciativas que incentivam o uso de bioinsumos e práticas agrícolas sustentáveis, especialmente nas áreas de pastagem. 

"O Brasil possui 160 milhões de hectares de pastagem, sendo que 40 milhões de hectares estão em condições de degradação. Nosso trabalho visa recuperar essas áreas e incentivar o uso de práticas mais sustentáveis", concluiu Silvia.

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