Durante a Cúpula dos Líderes, jornalistas internacionais comentam as primeiras impressões de Belém
Profissionais destacam hospitalidade, culinária e organização da capital paraense durante a cobertura da Cúpula dos Líderes, que antecede a COP 30.
Belém vive dias de intensa movimentação com a realização da Cúpula dos Líderes, evento que reúne chefes de Estado e representantes internacionais para discutir pautas climáticas e econômicas antes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). Além das autoridades, jornalistas de diversas partes do mundo desembarcaram na capital paraense para acompanhar de perto as discussões — e muitos deles compartilham suas primeiras impressões sobre a cidade e o desafio da cobertura.
O venezuelano Carlos Andrés, que atua como jornalista na Colômbia, participa pela primeira vez de uma conferência do clima e conta que está encantado com Belém. “Adorei a cidade — é acolhedora e tem muita comida deliciosa. Já fui à Estação das Docas, maravilhosa! Ainda não conheço outros lugares, mas estou gostando muito”, disse.
Ele relata que a rotina tem sido intensa, mas, que a estrutura para quem está trabalhando, contribuiu muito pra execução do trabalho. “Ontem foi uma correria pra cá e pra lá. Foram 13 horas quase sem descanso, então achei tudo maravilhoso”, comentou. Segundo ele, o foco do trabalho é a cobertura da cúpula dos líderes, acompanhando a chegada e as falas de presidentes, primeiros-ministros e delegações internacionais.
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Carlos também mencionou que, antes de vir, leu reportagens sobre a cidade, especialmente sobre a questão ambiental.
“Li que Belém tem muitos pontos turísticos e comida boa, mas também alguns problemas relacionados ao lixo e ao uso do plástico. Dizem que há muito lixo, cerca de 1,5 tonelada por dia”, contou.
No entanto, ao chegar, disse não ter percebido o problema de forma aparente. “Estou hospedado perto daqui, e não vi nada visível nas ruas.”
Já a alemã Lisa Kuhner, repórter em sua primeira cobertura na capital paraense, destacou a hospitalidade e a organização encontradas em Belém.
“Gostei muito da cidade. O clima quente foi agradável, e achei incrível poder encontrar mangas nas ruas. As pessoas são muito amáveis e sempre dispostas a ajudar”, afirmou.
Um dos pontos mais discutidos no primeiro dia de evento foi o preço das comidas vendidas dentro da Zona Azul. Vegetariana, para Lisa se alimentar bem não tem sido um problema.
“Mesmo sendo vegetariana, encontrei boas opções. Adorei as frutas e os sucos. Ontem comi um vegetal que nunca havia provado: o maxixe. Achei interessante e valorizo que usem ingredientes locais”, contou.
Ela também elogiou o restaurante da área da Bluezone (Zona Azul), que, segundo acredita, é apoiado por pequenos agricultores. “Os pratos custam cerca de 40 reais, incluem duas opções de proteína, suco e sobremesa. Achei o preço acessível e gostei da proposta”, comentou.
Sobre as discussões da Cúpula, Lisa afirma ter expectativas positivas, especialmente em relação à iniciativa de proteção da floresta, o Tropical Forests Forever Facility (TFFF). “Espero que tenha algum sucesso, mesmo em tempos de dificuldades geopolíticas. Acho importante investir em iniciativas menores, que podem fazer uma grande diferença”, disse.
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