Diretora-geral confirma COP 30 e reunião de chefes de Estado em Belém
Segundo ela, não há nenhuma discussão sobre a possibilidade de mudar a programação para outro lugar

A COP 30, conferência climática da ONU, será realizada em Belém do Pará, conforme o previsto, apesar das preocupações expressas por alguns países sobre a capacidade hoteleira da cidade amazônica, assegurou a diretora-geral da conferência, Ana Toni, em declarações à AFP.
"A COP e a reunião dos chefes de Estado ocorrerá em Belém", disse Toni em entrevista à AFP, ressaltando que "não há nenhuma discussão sobre a possibilidade de trasladá-las para outro lugar".
"Entendemos perfeitamente que organizar uma COP em um lugar diferente, no meio da Amazônia, em uma cidade pequena, gera muita ansiedade a respeito da logística", admitiu.
A próxima conferência sobre o clima da ONU está prevista entre 10 e 21 de novembro. Este ano, a cúpula de chefes de Estado será realizada antes, nos dias 6 e 7 de novembro, a fim de atenuar a pressão sobre a cidade amazônica.
Em Bonn, onde há duas semanas são realizadas negociações técnicas sobre o clima, representantes de países e organizações da sociedade civil manifestaram preocupação pela falta de alojamento acessível em Belém.
Alguns, inclusive, especulam sobre uma possível transferência de última hora para uma cidade grande, como o Rio de Janeiro.
"A preocupação que persiste, segundo entendo, tem mais a ver com o custo do alojamento do que com a logística em geral", afirmou Toni.
"Nós mesmos estamos muito preocupados com o preço dos alojamentos", reconheceu.
"Este é um tema do setor privado, não é algo que o governo controle, mas o governo brasileiro está tomando medidas, baseadas em nossas leis de proteção ao consumidor, para garantir que os preços do alojamento estejam controlados", prometeu.
Para Claudio Angelo, da ONG Observatório do Clima, "todo o mundo está preocupado porque, a cinco meses do evento, todos já deveriam ter hotel e ninguém tem".
"Por isso, há delegações que estão considerando reduzir o número de representantes", disse ele à AFP, ressaltando que muitos pequenos países em desenvolvimento e Estados insulares com recursos limitados serão especialmente afetados.
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