Debates sobre a COP 30 irão se desdobrar em grupo de trabalho e Frente Parlamentar
Grupo de Trabalho deverá atuar em conjunto com a Frente Parlamentar da COP 30, que será instalada na Casa de Leis neste mês de setembro
Ainda faltam dois anos para a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em Belém, mas os debates em torno do maior evento de clima do mundo estão acelerados. Nesta quinta-feira, 31, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) se colocou como uma das protagonistas desse debate na sessão especial que discutiu o assunto. Foi definida a criação de um Grupo de Trabalho que deverá atuar em conjunto com a Frente Parlamentar da COP 30, que será instalada na Casa de Leis neste mês de setembro.
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A sessão especial foi requerida pelos deputados estaduais Lívia Duarte (PSOL) e Carlos Bordalo (PT), com objetivo de receber as contribuições da sociedade civil, de instituições de ensino, de movimentos sociais e de organizações governamentais para a construção da COP 30. Ao final da sessão, os participantes foram convidados a integrar um comitê permanente na Alepa.
“O nosso primeiro encaminhamento é a criação do Grupo de Trabalho para debater sobre a Amazônia urbana, para agregar temas como saneamento básico, mobilidade, a condição do ar, a cobertura vegetal e demais problemáticas e desafios que estão postos nos centros urbanos na Amazônia”, explicou Carlos Bordalo.
O requerimento da frente é de iniciativa do deputado Lu Ogawa (PP). "Vamos instalar a Frente Parlamentar sobre a COP 30, no qual o GT vai participar ativamente para que a gente possa mobilizar o máximo, qualificar o debate e que a COP 30 seja um legado estrutural para a vida melhorar na cidade de Belém, nas cidades da Amazônia”, acrescentou o parlamentar.
Lívia Duarte ressaltou que a sociedade amazônida vai entrar em um ciclo de debates sobre como se preparar para a COP 30, a maior conferência de clima do mundo, cuja expectativa é atrair 80 mil pessoas a Belém. “Queremos discutir, do ponto de vista dessa Amazônia, o protagonismo que é nosso. Não é mais suficiente para nós que mestres e doutores do mundo digam da Amazônia. Nós queremos falar por nós com a participação de todos”, declarou a psolista.