'COP transformará o Brasil em potência verde global', diz Celso Sabino
Evento em Belém deve impulsionar o turismo sustentável, atrair investimentos e consolidar o país como referência ambiental no cenário internacional.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou nesta quinta-feira (8), durante participação no CNN Talks, que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30) representa uma oportunidade histórica para o Brasil assumir papel de liderança na agenda ambiental global. Segundo ele, o evento, que será realizado em novembro de 2025 em Belém (PA), deve consolidar o país como uma potência verde mundial, graças ao seu diferencial competitivo: a sustentabilidade.
“A COP de Belém, a COP da Floresta, pode ser uma grande ferramenta para o Brasil. As lideranças globais vão falar sobre a floresta dentro da maior floresta tropical do planeta. Isso tem um valor incalculável”, disse o ministro, que é paraense.
Sabino destacou ainda que o evento deve impulsionar o turismo sustentável no Brasil e que Belém já se consolida como destino internacional. Em 2024, o aeroporto de Belém registrou recorde de mais de 4,2 milhões de passageiros, com aumento de quase 50% no número de turistas estrangeiros em relação ao ano anterior.
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Para atender à demanda crescente, o Governo Federal investiu mais de R$ 300 milhões em micro e pequenos empreendedores do setor turístico na cidade e implantou a primeira unidade da Escola Nacional do Turismo em Belém. A escola oferece formação em áreas como hotelaria, idiomas e recepção de visitantes, com o objetivo de expandir o modelo para outras capitais.
“Nosso foco é o ecoturismo sustentável, com hospedagens ambientalmente responsáveis, veículos movidos por energia limpa e estruturas de baixo impacto. A melhor forma de preservar a floresta é garantir oportunidades reais para quem vive nela”, afirmou o ministro.
Em sua fala, Sabino celebrou também os resultados históricos do turismo em 2024: mais de 100 milhões de brasileiros viajaram dentro do país e mais de 6,7 milhões de estrangeiros visitaram o Brasil — um número superior ao registrado em grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
O turismo internacional também gerou receita recorde de R$ 42 bilhões, montante que se aproxima da contribuição econômica de produtos tradicionais como café e algodão. A diferença, segundo o ministro, está no impacto social. “O turismo emprega 7 milhões de pessoas, enquanto a indústria da soja, nosso segundo item mais exportado, emprega cerca de 2 milhões.”
Sabino finalizou ressaltando que os efeitos da COP30 devem ir além da conferência. “Quem vier vai voltar e dizer: ‘vai, porque vale a pena’. Isso gera efeito multiplicador. Belém será vitrine de uma nova etapa do desenvolvimento sustentável no Brasil”, concluiu.