'Brasil é protagonista nas negociações climáticas internacionais', diz presidente da COP 30 em Belém
André Corrêa do Lago ressalta papel do país nas negociações internacionais e reforça a participação dos estados na implementação de políticas ambientais

Belém recebe, nesta quarta-feira (13), o Fórum Nacional de Governadores, que prepara a participação dos estados brasileiros na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Durante o evento, o presidente da Comissão Nacional da COP30, André Corrêa do Lago, reforçou a importância do país nas negociações internacionais e o papel ativo dos estados na implementação de políticas ambientais.
“Desde a primeira conferência, o Brasil passou a entender que essas negociações não são apenas diplomáticas. Elas determinam o que os países vão fazer em seus territórios e representam compromissos mundiais”, afirmou Corrêa do Lago.
O presidente destacou que, embora a agenda climática tenha começado como uma pauta técnica e acadêmica, hoje ela é essencialmente ambiental e geopolítica. “É essencial que os compromissos assumidos sejam implementados de fato nos territórios nacionais. Governos, setor privado, ciência, academia e sociedade civil estão unidos para garantir resultados concretos”, acrescentou.
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O Fórum acontece no Parque da Cidade, futura sede da COP30, e reúne líderes de 22 estados. Além de discutir estratégias e propostas para a conferência, os governadores vão assinar uma carta conjunta com o posicionamento subnacional do Brasil, consolidando a contribuição dos estados para a agenda climática global.
Entre os principais temas debatidos estão preservação da Amazônia, transição energética e financiamento de projetos ambientais com receitas de recursos naturais. Segundo Corrêa do Lago, serão realizados de seis a sete eventos por dia, distribuídos em diferentes salas temáticas, abordando energia, transporte, indústria, florestas, oceanos, recursos hídricos, cidades e agricultura. Ele destacou que a agricultura terá papel central, funcionando não apenas como setor produtivo, mas também como fonte de captura de carbono, assim como as florestas.
O presidente ressaltou ainda a importância de abordar a dimensão social e o desenvolvimento humano durante a conferência. “Se a agenda climática não trouxer benefícios concretos e melhorar a vida das pessoas, ela perde sentido. É fundamental que essa agenda seja de desenvolvimento sustentável, criadora de direitos e capaz de impactar positivamente a população”, afirmou.
Corrêa do Lago finalizou destacando o potencial do Brasil para se tornar um líder global em soluções climáticas. “Pela diversidade do país, há projetos que funcionam em determinados estados e que podem servir de exemplo para outras regiões do mundo, incluindo países da Ásia e da Europa. Em outros países, se a agenda não vier acompanhada de soluções, ela pode se tornar negativa. O Brasil tem todas as condições de ser um absoluto líder em soluções tecnológicas e sustentáveis”, concluiu.
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