BNDES destaca R$ 1,5 bilhões investidos em Belém e atuação durante a COP 30

Durante visita e entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, representantes do banco destacaram obras financiadas na cidade, atuação na conferência e novas parcerias para impulsionar sustentabilidade e desenvolvimento na Amazônia

Eva Pires | Especial para O Liberal
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Na tarde desta terça-feira (18), representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) visitaram a sede de O Liberal  para apresentar a atuação do banco em Belém e na Amazônia durante o período da COP 30. Em entrevista exclusiva, Marina Gama, superintendente da Área de Relacionamento, Marketing e Cultura, detalhou as ações voltadas para infraestrutura, cultura, sustentabilidade e apoio a municípios da região. Belém recebeu, nos últimos anos, um conjunto de obras financiadas pelo BNDES que somam cerca de 1,5 bilhão de reais

As intervenções foram essenciais para preparar a cidade para a conferência climática e incluem um pacote de 13 canais, a ampliação da Rua da Marinha e a revitalização de equipamentos culturais como o Cine Olímpia e o Conjunto Mercedários. O banco também apoiou o projeto do Porto e Parque da Tamandaré, além de obras de saneamento em Barcarena. Uma das iniciativas destacadas é a parceria com uma empresa de bauxita para reuso de resíduos industriais, reforçando a ideia de economia circular e sendo classificada como um projeto inovador no Brasil, desenvolvido apenas no Pará.

Durante a COP 30, o BNDES montou uma estrutura de atuação dividida entre a Zona Verde, a Zona Azul e um espaço próprio no Centro de Belém. No pavilhão da Zona Verde, o banco realiza palestras diariamente, pela manhã e à tarde, além de oferecer atendimento para quem busca informações sobre acesso a crédito ou programas de financiamento. Na Zona Azul, representantes participam de debates e mesas técnicas. Já a Casa BNDES funciona como um ponto de encontro voltado para debates, exposições e atividades culturais que dialogam com a temática climática e o desenvolvimento sustentável. "É o nosso espaço de debate, de cultura e de exposição", reforça Marina.

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Marina explica que a atuação do banco na infraestrutura de Belém teve papel decisivo para a preparação da cidade. Segundo ela, as obras estruturantes, incluindo canais, vias, parques e equipamentos culturais, ampliam a capacidade de mobilidade, drenagem e oferta de espaços de convivência. Também reforçam a estratégia de recuperar áreas urbanas com forte potencial turístico e histórico.

Fundo Clima e Fundo Amazônia: cidades resilientes, bioeconomia e transição energética

Quando perguntada sobre linhas de crédito específicas para municípios amazônicos em adaptação climática, Marina afirma que o BNDES Cidades já atende a projetos de resiliência urbana em todo o país. Embora não seja exclusivo para a Amazônia, o programa engloba propostas de mobilidade sustentável, modernização urbana, drenagem, iluminação e soluções climáticas. Municípios interessados podem acessar informações e solicitar atendimento diretamente pelo site www.bndes.gov.br/cidades.

No campo da bioeconomia, o principal motor de financiamento é o Fundo Amazônia, que investe em projetos de associações, organizações e entidades da Amazônia Legal. A iniciativa concentra recursos destinados a cadeias produtivas sustentáveis, conservação da floresta, geração de renda e fortalecimento de comunidades tradicionais. Marina destaca que o fundo segue como uma das ferramentas mais robustas de financiamento para preservação ambiental no mundo.

A transição energética também é eixo estratégico do banco. "O BNDES hoje é o maior financiador de energia renovável do Brasil e tem muita coisa também que vem por meio do Fundo clima, que é um dos maiores fundos do sul global para essas iniciativas, tanto de energia, como de outras áreas também relacionadas à sustentabilidade"

Marina confirmou ainda que o banco mantém negociações com parceiros internacionais para ampliar o volume de investimentos destinados ao clima. Uma das mais recentes envolve a União Europeia, que anunciou 20 bilhões de reais a serem aportados no Fundo Amazônia e no Fundo Clima. Os recursos devem ser aplicados em projetos de energia renovável, transporte de baixo carbono e outras iniciativas sustentáveis distribuídas pelo país, com atenção especial à Amazônia.

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