Próxima COP pode ser presidida pelo Brasil na Alemanha; entenda
Impasse entre Turquia e Austrália pode prolongar presidência brasileira na conferência do clima
O impasse entre Austrália e Turquia sobre a definição da próxima sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 31) abriu a possibilidade de prolongar por mais um ano a presidência brasileira no comando do processo negociador internacional. A indefinição ocorre porque, segundo as regras da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), a escolha deve partir da região à qual pertencem os países interessados, mas as duas nações ainda não chegaram a um consenso. Caso a negociação não avance, a conferência deverá ser realizada no país sede da UNFCCC, a Alemanha. As informações são da jornalista Míriam Leitão e da CNN Brasil.
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Atualmente, quem preside a COP é o Brasil, representado pelo embaixador André Corrêa do Lago, que permaneceria no cargo até 2026. No entanto, se não houver acordo até o encerramento da conferência em Belém, previsto para o próximo sábado (22), o mandato poderá ser estendido até 2027. Apesar da previsão inicial de que o encontro seria realizado em Bonn, a cidade já informou que não tem capacidade para hospedar o evento devido ao seu porte. Com isso, Berlim surge como alternativa para receber a COP naquele ano.
A disputa envolve também fatores políticos e estratégicos. A Turquia conta com apoio de países árabes e da Rússia, enquanto a Austrália enfrenta resistência por ter adotado sanções contra o governo russo após a invasão da Ucrânia. Até o momento, a Austrália propôs como possíveis sedes Canberra ou Ancara, e a Turquia sugeriu Antalya. Nenhuma das partes, entretanto, demonstrou disposição para recuar.
*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia
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