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Por que brindes viraram moeda de troca na COP30

Essa distribuição de brindes ocorre na Blue Zone, a área de negociações

Estadão Conteúdo

Leques de Portugal, tiaras de panda da China e papéis com caligrafia da Turquia estão entre os brindes distribuídos por países na COP-30, em Belém. Esses itens, por vezes, são usados como 'moeda de troca' para que participantes assistam a palestras e painéis.

A distribuição desses presentes ocorre na Blue Zone, a área de negociações da cúpula da ONU sobre Mudanças Climáticas. No local, antes das salas de reuniões, os participantes atravessam um pavilhão com estandes dos países, que promovem debates e painéis relacionados ao clima.

Nesses estandes, os países também distribuem lembranças que remetem às suas culturas. Essa prática gerou momentos de grande procura, especialmente nos primeiros dias do evento, que acontece na capital paraense.

Brindes exóticos e as exigências para obtê-los

Na segunda-feira, 10, primeiro dia da COP-30, as tiaras de pandinha de pelúcia no estande da China foram muito procuradas. Inicialmente, a distribuição era livre. Mais tarde, porém, os funcionários do estande passaram a exigir que os interessados assistissem a pelo menos dez minutos de uma palestra para ganhar o brinde.

No estande de Portugal, os leques são um dos itens mais disputados da cúpula, dada a intensidade do calor em Belém. Na manhã de quarta-feira, 12, a condição para ganhar o brinde era semelhante: os participantes precisavam assistir a um painel específico.

Bolsas oficiais e comida gratuita geram longas filas

Nos primeiros dias da cúpula, os participantes formaram longas filas para conseguir a bolsa de tecido oficial da COP-30, item a que todos têm direito. Na tarde de segunda-feira, por volta das 14h, a fila já crescia, meia hora antes do início da distribuição.

No fim do mesmo dia, um aviso em um papel preso a uma cadeira informava que as bolsas haviam se esgotado. A mensagem também comunicava que novas bolsas seriam entregues a partir das 9h30 do dia seguinte, evidenciando a alta demanda.

Além dos brindes, os estandes dos países também oferecem, em determinados horários, comida típica e café. Um grupo no WhatsApp circula informações sobre onde encontrar esses alimentos gratuitos, que também geram longas filas no evento.