Novos grupos para identificação de terras indígenas foram criados, diz presidente da Funai
Joenia Wapichana destacou o caráter simbólico dos anúncios e a contribuição dos povos indígenas para o equilíbrio climático na COP30.
Em Belém, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, anunciou a criação de sete novos grupos para a identificação de territórios. Ela também comentou a demarcação de 10 terras indígenas, determinada pela ministra Sônia Guajajara no dia anterior.
Esses grupos de trabalho, conforme explicou Joenia Wapichana, são o primeiro ato de uma regularização fundiária. Eles atuarão em campo, realizarão estudos e elaborarão laudos antropológicos sobre os locais.
Segundo a presidente da Funai, o momento do anúncio teve caráter "simbólico". O objetivo foi reforçar a importância da demarcação de terras, especialmente processos antigos, dentro do contexto da crise climática.
Protagonismo indígena na defesa do clima
Joenia destacou que os povos indígenas levam suas "expertises" aos fóruns internacionais. Eles apresentam boas práticas de manejo e uso sustentável dos recursos naturais.
O protagonismo desses povos se evidencia no cuidado com as terras e territórios indígenas. Isso está diretamente ligado à própria vida das comunidades e à proteção da biodiversidade.
A intenção é visibilizar a importância da demarcação e proteção das terras, chamando atenção para os "guardiões" que mantêm a floresta em pé. Joenia defende que esses povos sejam reconhecidos como "sujeitos de direitos" nos debates sobre fundos climáticos e soluções ambientais.
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