Lula recebe primeiro-ministro de Papua-Nova Guiné, James Marape, em Belém
O encontro integra a série de audiências com líderes de oito países em reunião bilateral no Museu Paraense Emílio Goeldi
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe, nesta quarta-feira (5/11), o primeiro-ministro de Papua-Nova Guiné, James Marape, para uma reunião bilateral no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém. O encontro integra a série de audiências com líderes de oito países que antecedem a Cúpula do Clima, marcada para quinta (6) e sexta-feira (7), na capital paraense. O evento faz parte da preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá entre os dias 10 a 21 de novembro.
James Marape, que ocupa o cargo de primeiro-ministro desde maio de 2019 e foi reeleito em 2022, lidera o Partido Pangu e é uma das principais vozes políticas da região do Pacífico. Sua presença nas discussões climáticas em Belém reflete o papel de Papua-Nova Guiné (PNG) como um dos países insulares mais vulneráveis aos efeitos do aquecimento global.
Segundo a imprensa local, a participação da nação oceânica na COP30 deve ser marcada por pautas que destacam as vulnerabilidades dos pequenos Estados insulares e a importância da preservação ambiental. Localizada em uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta, Papua-Nova Guiné abriga cerca de 7% das espécies conhecidas no mundo e vastas áreas de florestas tropicais e recifes de corais, que funcionam como sumidouros naturais de carbono.
Entre as principais bandeiras defendidas por James Marape estão a ampliação do financiamento climático internacional, o fortalecimento do fundo de “Perdas e Danos” — criado para apoiar países afetados por desastres climáticos — e a valorização de práticas extrativistas mais sustentáveis. O primeiro-ministro também tem defendido uma maior participação das comunidades locais na gestão e nos lucros provenientes dos recursos naturais do país.
Papua-Nova Guiné deve ainda se alinhar a outras nações do Pacífico e da América Latina na defesa dos povos indígenas e dos conhecimentos tradicionais como instrumentos fundamentais para a conservação ambiental. Esse movimento de aproximação entre comunidades da Oceania e da Amazônia tem ganhado força nas discussões internacionais e deverá estar presente nas agendas da COP30.
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