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IBP lança livro sobre descarbonização do setor energético durante COP 30 em Belém

A publicação reúne 50 tecnologias desenvolvidas para a descarbonização da indústria de óleo e gás no Brasil

Fabyo Cruz

Durante o terceiro dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém, o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) lança o livro “Energy Sector and Climate Action: Initiatives Inspired by The Paris Agreement” (Setor energético e ação climática: iniciativas inspiradas pelo Acordo de Paris). A publicação reúne 50 tecnologias desenvolvidas para a descarbonização da indústria de óleo e gás no Brasil.

Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, o presidente e CEO do IBP, Roberto Furlan Ardenghy, destacou que o lançamento ocorrerá nesta quarta-feira, 12 de novembro, às 10h, no pavilhão da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na Zona Azul da conferência. Segundo ele, o objetivo é apresentar inovações e práticas que mostram o compromisso do setor com a agenda climática global.

“A partir de amanhã, na Zona Azul, a gente vai mostrar essas 50 tecnologias ligadas à descarbonização da indústria de óleo e gás. Hoje, não temos apenas a preocupação de produzir petróleo, mas de produzir um petróleo com baixo teor de carbono. Esse vai ser o diferencial brasileiro nos próximos anos”, afirmou Ardenghy.

O dirigente explicou que, apesar da necessidade de reduzir o uso de combustíveis fósseis, o petróleo continuará sendo consumido globalmente no médio prazo. Nesse cenário, o desafio é torná-lo menos poluente durante a produção. “Se fizermos uma transição energética equilibrada e de longo prazo, o petróleo ainda vai continuar sendo consumido. Mas qual petróleo? O de baixo teor de carbono na fase de produção. Essa é a liderança do Brasil”, completou.

A publicação do IBP também busca reforçar o papel do país no desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas à sustentabilidade do setor. Ardenghy ressaltou que a iniciativa está alinhada aos compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris e às Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), metas estabelecidas pelos países para reduzir emissões de gases de efeito estufa.

“O importante, quando discutimos os objetivos da COP 30, é entender como os países estão se comprometendo em reduzir suas emissões. Isso pode ser feito substituindo ou melhorando tecnologias. O que estamos trazendo aqui é uma melhora tecnológica no setor de óleo e gás, com o objetivo de combater o aquecimento global”, afirmou o presidente do IBP.

O livro estará disponível para consulta durante a COP 30 e pretende servir como referência para empresas e operadores interessados em investir em inovação e sustentabilidade na matriz.

IBP e a exploração da Margem Equatorial

Com mais de 60 anos de atuação, o IBP é o principal representante do setor no país. A entidade promove o diálogo entre empresas, governo e sociedade, buscando uma indústria mais competitiva e sustentável. Além de produzir estudos técnicos e capacitar profissionais pela UnIBP, o instituto organiza eventos como a Rio Oil & Gas. Recentemente, o IBP vem ampliando sua atuação em temas ligados à transição energética, como descarbonização e hidrogênio de baixo carbono, para fortalecer a presença do Brasil em uma economia de baixo carbono.

Para o IBP, a exploração da Margem Equatorial é uma nova fronteira estratégica para o futuro energético do país. A entidade afirma que o potencial da região — estimado em cerca de 30 bilhões de barris de óleo equivalente — é fundamental para repor reservas e garantir segurança energética nas próximas décadas. O IBP também aponta os impactos econômicos positivos da atividade, como a geração de empregos e arrecadação de royalties, e sustenta que o setor opera com rigorosos padrões ambientais. O instituto defende que o desenvolvimento da Margem Equatorial pode coexistir com a transição energética, financiando o avanço das fontes renováveis.