'Guardiões da floresta': ministro Boulos exalta papel de povos indígenas na preservação da Amazônia

"É a maior participação indígena de toda a história das COP 's. E não podia ser diferente, porque essa COP é na Amazônia”. É o que afirmou, na manhã desta segunda-feira (17), o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos. Ele fez a declaração quando a marcha já estava ao lado do  Bosque Rodrigues Alves - Jardim Zoobotânico da Amazônia, na travessa Lomas Valentinas, no encerramento do ato público.

Boulos acrescentou: “E é preciso reconhecer que se, ainda existe a floresta amazônica hoje, se ela não foi devastada pelo agronegócio e pela mineração de maneira completa, isso é graças aos guardiões de todos os territórios indígenas que foram os maiores protetores da floresta e que precisam ser reconhecidos mundialmente dessa forma”. Ele disse que o governo do presidente Lula reconhece, tanto que criou o Ministério dos Povos Indígenas, “com uma parente de vocês, Sonia Guajajara (ministra dos Povos Indígenas)”.

O ministro também disse que o presidente Lula assumiu o compromisso de que haverá, nas próximas semanas, novas homologações de terras indígenas e novas portarias declaratórias para territórios indígenas nesse país. "É necessário que isso seja feito. É um reconhecimento à história de vocês, história de resistência, de luta, de quem resistiu desde a colonização dos portugueses, de quem manteve esse Brasil nas suas raízes, de quem manteve as florestas de pé", afirmou.

Ele completou: "E eu quero terminar reafirmando algo que o presidente Lula já soltou ontem publicamente e que nós falamos na cúpula dos povos. Em relação aos rios, Tapajós e a todos os outros rios, não haverá uma única obra sem consulta prévia às comunidades indígenas e quilombolas. A consulta prévia vai ocorrer seguindo a convenção 169 da OIT e seguindo o compromisso ambiental e indígena do nosso presidente Lula".