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'É histórica a nossa participação na COP', diz Sônia Guajajara na Marcha Global Indígena

A ministra destacou que a primeira semana da COP já pode ser considerada com a maior e melhor representação dos povos indígenas

Gabriel Pires e Dilson Pimentel

Durante a Marcha Global Indígena, em Belém, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, destacou nesta segunda-feira (17) que a participação dos povos originários na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) é histórica. Em sua fala durante o ato, ela ressaltou que a mobilização reúne dezenas de pessoas que apresentam as principais reivindicações indígenas para o evento.


Os participantes do ato pediram a valorização e defesa dos territórios indígenas, desmatamento zero, fim da exploração de combustíveis fósseis e de mineração em áreas tradicionais, proteção aos defensores da terra, acesso direto ao financiamento climático e participação efetiva nas decisões.

Durante a manifestação, a ministra declarou que a conferência do clima agora entra em sua segunda fase. Ela destacou que a primeira semana já pode ser considerada a COP com a maior e melhor representação dos povos indígenas em toda a história desses eventos.

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“Estamos aqui debaixo desse sol quente, como a gente sempre fez nas nossas marchas, Tudo isso é histórico. Já está registrado: foram 900 indígenas credenciados na Zona Azul. E agora, é o segundo momento. É quando começam os diálogos, as negociações para que se tenha o documento final dessa conferência”, comentou. 

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Ela ainda destacou a representatividade desse momento. “E nós estamos lá acompanhando todos os debates, todos os temas que diz respeito aos nossos interesses e agora o nosso desafio maior é conseguir com que os líderes globais que tomam as decisões da Conferência do Clima possam compreender e incluir no texto final o reconhecimento dos territórios indígenas como uma das medidas mais eficazes para enfrentar a crise climática”.