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Diretora da Earthsavers elogia voluntários e destaca serviço de acessibilidade na COP 30

'O espaço é enorme, tenho 82 anos, sendo legalmente cega e com um joelho em reabilitação, sem a cadeira de rodas não conseguiria me mover'

Eva Pires

A COP 30 também é lugar de inclusão e acessibilidade. A filipina Cecile Guidote-Alvarez, 82 anos, diretora do Philippine Center of International Theater Institute/Earthsavers Unesco Dream Center, tem mobilidade reduzida e deficiência visual, e elogiou o trabalho dos voluntários e o serviço de acessibilidade do evento, em Belém. Usando cadeira de rodas para se locomover pela Zona Azul, no Parque da Cidade, ela contou que não conseguiria circular sem o apoio recebido e destacou a gentileza e paciência dos voluntários do evento. 

A filipina veio participar do lançamento do Panorama Cultural Global, uma iniciativa que busca promover a transição verde por meio da arte, da cultura e do conhecimento tradicional dos povos indígenas. A proposta é mostrar como o patrimônio imaterial e a sabedoria ancestral podem inspirar soluções sustentáveis e caminhos de convivência pacífica entre as pessoas e a natureza. 

Aos 82 anos, Cecile destaca que estar presente é reafirmar o compromisso com um futuro mais sustentável e acessível para as próximas gerações.

"Bem, nós tivemos que fazer uma reunião com nossa equipe porque estamos nos preparando para um grande evento: o lançamento do Panorama Cultural Global. Queremos oferecer uma perspectiva de transição verde por meio da valorização do patrimônio e da sabedoria indígena, para que possamos viver em paz com as pessoas e em harmonia com a Mãe Terra", disse Cecile, na tarde desta terça-feira (11), em Belém.

Sobre a experiência dela na cadeira de rodas, ela enfatizou, "se não fosse pela cadeira de rodas, eu não conseguiria me mover. O espaço é enorme, e tendo 82 anos, sendo legalmente cega e com um joelho em reabilitação, não haveria como eu participar sem esse apoio. E devo dizer que todos os voluntários, as jovens mulheres e os rapazes, foram extremamente pacientes, gentis e profundamente atenciosos".

Entenda o serviço de acessibilidade

O espaço da conferência conta com cadeiras de rodas disponíveis em diferentes pontos, como nas entradas e laterais do pavilhão, facilitando o acesso em um local de grandes dimensões. 

O serviço de acessibilidade da COP 30 funciona de forma simples e abrangente. O participante que precisar de suporte deve se dirigir ao balcão de acessibilidade, informar a necessidade e preencher um formulário de controle. O atendimento envolve desde o empréstimo de equipamentos até o acompanhamento individual de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. 

Entre os recursos disponíveis estão cadeiras de rodas, abafadores para pessoas neurodivergentes, óculos de proteção visual para pessoas fotossensíveis e informações de acesso, incluindo orientações sobre deslocamento de pontos externos até dentro do evento.

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