Deputado Nikolas Ferreira ironiza escolha do Curupira como mascote da COP 30
Parlamentar ironizou dizendo que a escolha do mascote representava o Brasil, pois 'anda para trás e pega fogo'
O Curupira, personagem do folclore brasileiro, foi anunciado como mascote oficial da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), conferência do clima da ONU, que será realizada em novembro, em Belém (PA). A escolha gerou reações nas redes sociais, especialmente de políticos contrários às pautas ambientais do governo. Um dos principais críticos foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que ironizou a escolha dizendo que o mascote "anda para trás e pega fogo".
A afirmação do parlamentar é imprecisa. Segundo a tradição popular, o Curupira é um protetor das florestas, com cabelos avermelhados e pés voltados para trás — o que confunde caçadores ao inverter os rastros. Ele também pode se transformar em fogo para espantar ameaças. Apesar disso, o personagem não anda para trás, como disse o deputado.
A escolha do mascote busca destacar a cultura brasileira e reforçar o compromisso com a preservação ambiental, tema central da COP 30, que reunirá líderes e especialistas de todo o mundo em busca de soluções para a crise climática.
Queimadas em queda em 2025
Em 2024, o Brasil registrou cerca de 30 milhões de hectares queimados, 62% acima da média histórica iniciada em 1985, segundo o MapBiomas. A crise foi agravada pelo El Niño.
Em 2025, porém, o número de focos de incêndio caiu 46% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados do Inpe. O Mato Grosso lidera os registros, com ocorrências na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal.
Para enfrentar o problema, o governo criou o Projeto Manejo Integrado do Fogo, voltado ao fortalecimento dos Corpos de Bombeiros e brigadas nas regiões mais afetadas.
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COP 30 na Amazônia
Marcada para ocorrer de 10 a 21 de novembro de 2025, a COP30 será a primeira conferência do clima da ONU realizada em uma cidade da região amazônica. O evento deve reunir chefes de Estado e representantes da sociedade civil, com foco na proteção das florestas tropicais e no fortalecimento de compromissos globais contra as mudanças climáticas.
*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do núcleo de Política e Economia
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