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Crea-PA é selecionado para integrar a AgriZone da COP30

Projeto aborda ações práticas desenvolvidas no arquipélago do Marajó, voltadas para infraestrutura resiliente, inovação social e desenvolvimento sustentável

Gabi Gutierrez

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) foi selecionado para integrar a Agri Zone e Green Zone da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em novembro de 2025, em Belém. A participação torna o órgão o único conselho profissional brasileiro oficialmente confirmado na área voltada à sociedade civil da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Entre os dias 10 e 21 de novembro, o CREA-PA manterá um estande fixo na Green Zone e também participará da AgriZone, espaço coordenado pela Embrapa. No dia 19 de novembro, às 17h30, o Conselho apresentará o trabalho técnico “Engenharia Pública na Amazônia: Soluções Técnicas para Adaptação Climática e Bioeconomia Territorial no Marajó”. O projeto destaca ações práticas desenvolvidas no arquipélago do Marajó, com foco em infraestrutura resiliente, inovação social e desenvolvimento sustentável, integrando o conhecimento técnico da engenharia à valorização territorial e à bioeconomia regional.

Para a presidente do CREA-PA, Adriana Falconeri, a presença do Conselho na conferência é uma oportunidade de mostrar o protagonismo da engenharia amazônica nas discussões sobre mudanças climáticas. “Estar na Green Zone é representar o conhecimento técnico da Amazônia e mostrar que a engenharia é essencial para transformar compromissos climáticos em ações reais”, afirmou.

Em seguida, o vice-presidente do CREA-PA, Everton Ruggeri, destacou a importância do Sistema Confea e Mútua no evento. “Grande parte das soluções discutidas e da forma como as mudanças climáticas serão operacionalizadas passam necessariamente pelas mãos dos nossos profissionais das engenharias, da agronomia e das geociências. São mais de 322 títulos profissionais atuando diretamente na produção de energia sustentável, na gestão dos recursos hídricos, na agricultura sustentável, na infraestrutura resiliente das cidades, na preservação ambiental, no manejo florestal e em tantas outras atividades sob responsabilidade de nossos profissionais”, afirmou.

Ruggeri ressaltou ainda que a COP30 não será apenas uma conferência que passará por Belém e pelo Brasil, mas deixará um legado. “Esse legado será, sem sombra de dúvidas, resultado da contribuição dos nossos profissionais amazônicos e brasileiros, que podem mostrar sua capacidade técnica, inovação e responsabilidade para liderar o desenvolvimento sustentável, a transição energética e toda a base técnica necessária para enfrentar as mudanças climáticas”, completou.

A participação do CREA-PA na COP30 deve ampliar o diálogo entre ciência, técnica e sociedade, inserindo as engenharias amazônicas nas discussões que vão orientar as políticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas nos próximos anos.

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