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Cidades brasileiras realizam ações para incentivar o uso do transporte público

Redução do tempo de viagens e a modernização da frota são iniciativas para atrair a população

A utilização do transporte público coletivo é incentivada em várias cidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba com diferentes tipos de iniciativas do poder público durante a rotina e em eventos realizados nas capitais.

Bilhete único, extensão de horários de funcionamento, catracas livres, redução do tempo das viagens são algumas das ações para estimular a população para o uso dos coletivos.

Os subsídios e outros recursos financeiros, como os extratarifários, contribuem para que as medidas de incentivo sejam implantadas, por isso é fundamental que a esfera pública invista no setor de transporte e mobilidade urbana.

De acordo com o Anuário 2021-2022 da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NUT), o cenário do setor de transporte no país conta com 125 sistemas, distribuídos em 243 cidades, que implementaram 136 iniciativas de subsídios aos passageiros divididas em: subsídio emergencial, tarifário, definitivo e preexistente.

Após o período da pandemia de covid-19, o cenário sofreu algumas transformações. Ainda conforme os dados do Anuário 2021-2022 da NUT, um grupo de 26 novos sistemas de transporte, responsáveis por 19,1% das iniciativas mapeadas, se juntaram aos outros 25 que já subsidiavam parcela do custo de produção do serviço antes da pandemia. Atualmente, 51 sistemas, em 158 cidades possuem subsídios permanentes.

Em São Paulo, a administração pública implantou os corredores de ônibus, faixas destinadas exclusivamente para os ônibus permitindo maior agilidade e rapidez nos trajetos oferecendo viagens mais curtas para os usuários. Além de outras ações, por exemplo, a cobrança de taxa de circulação por quilômetro rodado dos veículos de aplicativo. Essa cobrança contribui para que o poder público possa subsidiar a tarifa pública.

Transporte em Belém

Na capital paraense e região metropolitana, ainda não há subsídios e nem receitas extratarifárias e eles são fundamentais para que o poder público tenha recursos para gerar atrativos para a população optar pelo transporte público coletivo em relação aos outros tipos de meio de locomoção, como carros particulares e de aplicativos.

A adoção dos subsídios e das desonerações beneficia os usuários de modo direto, porque reduz a tarifa paga por eles, além de incentivar o uso. Com mais passageiros pagantes, o sistema tem possibilidade de ampliar e renovar a frota, aumentar a disponibilidade e a frequência nas linhas.

A partir do cenário atual do setor em Belém e cidades da região metropolitana é possível pontuar melhorias para estimular a população ao uso do transporte público coletivo, como a redução do tempo das viagens e renovação da frota de ônibus.

A criação de corredores exclusivos e preferenciais para os ônibus é uma alternativa capaz de reduzir o tempo das viagens contribuindo para a maior busca dos ônibus por parte dos passageiros. As chamadas ondas verdes dos semáforos também ajudam na redução permitindo que os veículos transitem com mais velocidade pelas ruas.

A modernização e renovação da frota é um incentivo e um convite à população para optar pelo transporte público coletivo como primeira opção, pois terá mais conforto durante as viagens. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) a modernização é possível por meio da remuneração prevista na planilha técnica de manutenção do sistema, elaborada pela Superintendência Executiva de Mobilidade (Semob) e aprovada pelo Conselho Municipal de Transporte.

Entretanto, a remuneração prevista na planilha sofreu alterações. Ainda de acordo com o Setransbel, em março de 2022, a remuneração foi reduzida em 20% (R$ 5 para R$ 4) pela Prefeitura de Belém gerando um prejuízo, por mês, em torno de R$ 12 milhões impedindo as melhorias esperadas pelas empresas e pelos usuários.

 

Conteúdo sob aprovação