Pesquisas, adesões e estratégias nas eleições presidenciais de 2022 Rodolfo Marques 25.02.22 18h00 A nova rodada de pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República mostra a estabilidade no posicionamento dos principais postulantes ao cargo e uma leve oscilação positiva nos números do presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Os levantamentos realizados, na segunda quinzena de fevereiro, pelo PoderData, pela CNT/MDA, pela EXAME/IDEIA e pelo XP/IPESPE, com suas metodologias específicas, mostram o ex-presidente Lula (PT-SP) com 40% a 43% das intenções de voto em primeiro turno, enquanto que Bolsonaro oscila entre 26% e 31% das preferências dos eleitores. Os demais pré-candidatos, Ciro Gomes (PDT), Sérgio Moro (Podemos), João Dória Júnior (PSDB), entre outros, continuam com baixa adesão por parte dos eleitores e não conseguem se efetivar como opção real da chamada “terceira via”. Essa estabilidade nos números reforça as perspectivas e estratégias de cada uma das pré-campanhas, ao mesmo tempo que alerta para os prazos que se seguirão, a respeito das federações partidárias, das convenções eleitorais e mesmo da definição da comunicação política para as diferentes mídias. No caso do ex-presidente Lula, a despeito da manutenção de seu favoritismo e de uma presença praticamente garantida em um eventual segundo turno, há um sinal de alerta. O próprio Lula tem discutido a necessidade de fortalecer a base de eleitores e ampliar definições a respeito de alianças políticas. No alvo para tais parcerias, estão o PSB, presidido por Carlos Siqueira, e o PSD, liderado pelo ex-prefeito de São Paulo-SP e ex-ministro Gilberto Kassab. Com o PSB, estuda-se a formação de uma federação partidária e a possibilidade cada vez mais concreta da filiação do ex-governador paulista, Geraldo Alckmin, que seria o candidato a vice-presidente na chapa com Lula. Por outro lado, dentro do Palácio do Planalto, os números divulgados aumentaram o ânimo da candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro. Essa recuperação nos dados divulgados, mesmo discreta, está ligada a três aspectos fundamentais: o fortalecimento das ações pró-governo nas plataformas digitais, com as redes bolsonaristas reforçando o antipetismo e espraiando conteúdos mais agressivos; o aumento da midiatização da gestão, com o governo buscando mostrar obras realizadas a partir do suporte de toda a estrutura da máquina pública; e uma perspectiva de início de recuperação econômica, com menos pressão sobre a inflação, mesmo após uma série de decisões equivocadas do governo federal nos últimos anos. Na comunicação eleitoral de Bolsonaro, aliás, certamente será usado o argumento de que a gestão dele foi muito prejudicada pela pandemia de Covid-19, em especial no âmbito econômico, além do discurso permanente de transferência de responsabilidade para governadores e prefeitos pela crise. Assim, mesmo em um cenário de poucas movimentações práticas em relação a intenções de voto, os responsáveis pelas campanhas eleitorais se mobilizam, como em uma luta física ou em um jogo de xadrez, buscando evidenciar as mazelas dos adversários e na busca pela prevalência de seus possíveis pontos positivos aos olhos do cidadão-eleitor. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques eleições presidenciais 2022 COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09