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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Pesquisas, adesões e estratégias nas eleições presidenciais de 2022

Rodolfo Marques

A nova rodada de pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República mostra a estabilidade no posicionamento dos principais postulantes ao cargo e uma leve oscilação positiva nos números do presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).

Os levantamentos realizados, na segunda quinzena de fevereiro, pelo PoderData,  pela CNT/MDA, pela EXAME/IDEIA e pelo XP/IPESPE, com suas metodologias específicas, mostram o ex-presidente Lula (PT-SP) com 40% a 43% das intenções de voto em primeiro turno, enquanto que Bolsonaro oscila entre 26% e 31% das preferências dos eleitores.

Os demais pré-candidatos, Ciro Gomes (PDT), Sérgio Moro (Podemos), João Dória Júnior (PSDB), entre outros, continuam com baixa adesão por parte dos eleitores e não conseguem se efetivar como opção real da chamada “terceira via”.

Essa estabilidade nos números reforça as perspectivas e estratégias de cada uma das pré-campanhas, ao mesmo tempo que alerta para os prazos que se seguirão, a respeito das federações partidárias, das convenções eleitorais e mesmo da definição da comunicação política para as diferentes mídias.

No caso do ex-presidente Lula, a despeito da manutenção de seu favoritismo e de uma presença praticamente garantida em um eventual segundo turno, há um sinal de alerta. O próprio Lula tem discutido a necessidade de fortalecer a base de eleitores e ampliar definições a respeito de alianças políticas. No alvo para tais parcerias, estão o PSB, presidido por Carlos Siqueira, e o PSD, liderado pelo ex-prefeito de São Paulo-SP e ex-ministro Gilberto Kassab. Com o PSB, estuda-se a formação de uma federação partidária e a possibilidade cada vez mais concreta da filiação do ex-governador paulista, Geraldo Alckmin, que seria o candidato a vice-presidente na chapa com Lula.

Por outro lado, dentro do Palácio do Planalto, os números divulgados aumentaram o ânimo da candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro. Essa recuperação nos dados divulgados, mesmo discreta, está ligada a três aspectos fundamentais: o fortalecimento das ações pró-governo nas plataformas digitais, com as redes bolsonaristas reforçando o antipetismo e espraiando conteúdos mais agressivos; o aumento da midiatização da gestão, com o governo buscando mostrar obras realizadas a partir do suporte de toda a estrutura da máquina pública; e uma perspectiva de início de recuperação econômica, com menos pressão sobre a inflação, mesmo após uma série de decisões equivocadas do governo federal nos últimos anos.

Na comunicação eleitoral de Bolsonaro, aliás, certamente será usado o argumento de que a gestão dele foi muito prejudicada pela pandemia de Covid-19, em especial no âmbito econômico, além do discurso permanente de transferência de responsabilidade para governadores e prefeitos pela crise.

Assim, mesmo em um cenário de poucas movimentações práticas em relação a intenções de voto, os responsáveis pelas campanhas eleitorais se mobilizam, como em uma luta física ou em um jogo de xadrez, buscando evidenciar as mazelas dos adversários e na busca pela prevalência de seus possíveis pontos positivos aos olhos do cidadão-eleitor. 

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Rodolfo Marques
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