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OMS destaca preocupação com o cenário da covid-19 no Brasil. Pará tem números gerais em queda.

Rodolfo Marques

Neste início de agosto, o Brasil permanece em um contexto grave em relação a pandemia. Os números oficiais, em 2 de agosto de 2020, mostram quase 2 milhões e 750 mil contaminados (com quase 1 milhão e 900 mil recuperados) e aproximadamente 95 mil mortes. Vem se mantendo a escala de 60 mil novos casos diários e mais de mil mortes, o que colocou o país, uma vez mais, no alvo das preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao lado dos Estados Unidos, o Brasil está cada vez mais “mergulhado” na crise sanitária, sem indícios de superação dela nas próximas semanas. Atualmente, a região Sul vem apresentando os piores índices, com a expansão da doença no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Dentro desse mesmo quadro, mas sob um outro aspecto, o governo federal busca amplificar e organizar a continuidade do pagamento do auxílio emergencial. O valor de R$ 600, a partir de iniciativa do Congresso Nacional, entre os meses de março e abril, voltará a ser pago nos dois próximos meses – e já está com o calendário. A despeito de todos os percalços no cadastro e nos pagamentos, essa ajuda vem sendo importante para as populações mais carentes. Ao mesmo tempo, serve como um importante instrumento de comunicação política do governo Bolsonaro, que vem mantendo índices de popularidade na faixa dos 30%, apesar dos vários erros do Planalto na enfrentamento da pandemia.

No Pará, os números da covid-19 continuam em queda, no geral, principalmente na Região Metropolitana de Belém. As atividades econômicas estão em plena retomada, mas os registros de aglomerações em alguns balneários do interior do estado e em espaços públicos da capital acendem um sinal de alerta. Nesse início de agosto, o Pará já havia registrado um pouco mais de 156 mil casos da doença (mais de 142 mil recuperados) e quase 5.800 óbitos. O governo do Pará adotou, desde o início, a importante medida de publicizar não só as ações afirmativas da gestão, mas também os números oficiais da pandemia no Estado, através deste site.

Assim, em um cenário ainda muito preocupante, vale refletir sobre as palavras da direção da OMS: é essencial, de fato, pensar em um esforço coordenado de governo federal, governos estaduais e municípios – juntamente com a sociedade, pois tudo indica que o Brasil irá conviver com a covid-19 e com o novo coronavírus por um bom tempo, com todas os efeitos que isso traz ao conjunto da sociedade.

Rodolfo Marques