Estados e municípios enfrentam o desafio da retomada. Covid-19 continua causando muitos problemas Rodolfo Marques 01.06.20 18h00 Os estados do Pará, de São Paulo, do Rio de Janeiro – entre outros – assim como suas capitais e algumas de principais cidades vivenciam o desafio de retomar gradativamente suas atividades econômicas, flexibilizando as normas de quarentena e o distanciamento social. Os 3 estados citados acima são os que mais apresentam números de óbitos de acordo com os dados oficiais. Até o final do mês de maio, o Brasil já havia registrado mais de 514 mil casos de contaminações e quase 30 mil mortes. Como o país apresenta uma expansão desigual da doença, até mesmo pelas dimensões territoriais, as medidas tomadas pelos governos municipais e estaduais acontecem de forma diferenciada, com resultados diversos. É importante lembrar que o Supremo Tribunal Federal delegou aos estados e municípios as decisões sobre as ações e recomendações para o distanciamento social. De fato, quem se antecipou em implantar a quarentena– com a devida adesão das respectivas populações – acabou tendo cenários mais positivos – como se viu no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, por exemplo. Na região metropolitana de Belém, alguns setores comerciais estão reabrindo suas portas, com as recomendações para o uso de máscaras, o distanciamento mínimo entre as pessoas e o uso de álcool gel para higienização. Os números oficiais da Secretaria Estadual da Saúde do Pará (Sespa) mostram uma queda nos casos de Covid-19 na capital e em cidades próximas. Os desafios impostos estão ligados à busca do equilíbrio entre a prioridade maior – salvar vidas – e a manutenção da economia, com a geração de empregos e renda a partir dos setores produtivos. No Brasil, a escalada das contaminações e mortes esteve ligada a três aspectos: o negacionismo por parte do presidente da República em relação aos efeitos da pandemia, indo na contramão da maior parte das nações do mundo e com as várias trocas no comando da pasta da Saúde; a falta de estrutura do poder público em fiscalizar a aplicação da quarentena; e o desrespeito por boa parte da população às orientações das autoridades da saúde em relação ao confinamento. As pesquisas de opinião são importantes balizadores para verificar de que maneira a população vem observando todos os movimentos políticos. Alguns institutos, como Datafolha, vêm mostrando um aumento da reprovação a Jair Bolsonaro, mas, também, mostra uma certa estabilidade na aprovação – cerca de 30%. Os ânimos estão se acirrando em todos os níveis. O Distrito Federal e a cidade de São Paulo vêm registrando várias manifestações políticas, contra e a favor do presidente da República e a instabilidade vai se alastrando por todo país. É importante considerar que todo tipo de manifestação precisa ser respeitado, no contexto da liberdade de expressão. Todavia, não é licito pensar na divulgação de fake news em larga escala ou mesmo com ações agressivas ou desrespeitando os poderes constituídos. Para além disso, como o país vive uma gravíssima pandemia, as aglomerações deveriam ser evitadas. O Brasil precisa ter uma unidade de ações para que consiga se reerguer após a pandemia e, antes disso, buscar, de maneira efetiva, uma pacificação entre os diferentes sociais, com o respeito às instituições e a manutenção dos princípios democráticos. Será o presidente da República capaz de mobilizar esse tipo de esforços? Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques política coronavírus saúde COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09