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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Estados e municípios enfrentam o desafio da retomada. Covid-19 continua causando muitos problemas

Rodolfo Marques

Os estados do Pará, de São Paulo, do Rio de Janeiro – entre outros – assim como suas capitais e algumas de principais cidades vivenciam o desafio de retomar gradativamente suas atividades econômicas, flexibilizando as normas de quarentena e o distanciamento social. Os 3 estados citados acima são os que mais apresentam números de óbitos de acordo com os dados oficiais. Até o final do mês de maio, o Brasil já havia registrado mais de 514 mil casos de contaminações e quase 30 mil mortes.

Como o país apresenta uma expansão desigual da doença, até mesmo pelas dimensões territoriais, as medidas tomadas pelos governos municipais e estaduais acontecem de forma diferenciada, com resultados diversos. É importante lembrar que o Supremo Tribunal Federal delegou aos estados e municípios as decisões sobre as ações e recomendações para o distanciamento social. De fato, quem se antecipou em implantar a quarentena– com a devida adesão das respectivas populações – acabou tendo cenários mais positivos – como se viu no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, por exemplo.

Na região metropolitana de Belém, alguns setores comerciais estão reabrindo suas portas, com as recomendações para o uso de máscaras, o distanciamento mínimo entre as pessoas e o uso de álcool gel para higienização. Os números oficiais da Secretaria Estadual da Saúde do Pará (Sespa) mostram uma queda nos casos de Covid-19 na capital e em cidades próximas.

Os desafios impostos estão ligados à busca do equilíbrio entre a prioridade maior – salvar vidas – e a manutenção da economia, com a geração de empregos e renda a partir dos setores produtivos.

No Brasil, a escalada das contaminações e mortes esteve ligada a três aspectos: o negacionismo por parte do presidente da República em relação aos efeitos da pandemia, indo na contramão da maior parte das nações do mundo e com as várias trocas no comando da pasta da Saúde; a falta de estrutura do poder público em fiscalizar a aplicação da quarentena; e o desrespeito por boa parte da população às orientações das autoridades da saúde em relação ao confinamento.

As pesquisas de opinião são importantes balizadores para verificar de que maneira a população vem observando todos os movimentos políticos. Alguns institutos, como Datafolha, vêm mostrando um aumento da reprovação a Jair Bolsonaro, mas, também, mostra uma certa estabilidade na aprovação – cerca de 30%. Os ânimos estão se acirrando em todos os níveis. O Distrito Federal e a cidade de São Paulo vêm registrando várias manifestações políticas, contra e a favor do presidente da República e a instabilidade vai se alastrando por todo país.

É importante considerar que todo tipo de manifestação precisa ser respeitado, no contexto da liberdade de expressão. Todavia, não é licito pensar na divulgação de fake news em larga escala ou mesmo com ações agressivas ou desrespeitando os poderes constituídos.

Para além disso, como o país vive uma gravíssima pandemia, as aglomerações deveriam ser evitadas. O Brasil precisa ter uma unidade de ações para que consiga se reerguer após a pandemia e, antes disso, buscar, de maneira efetiva, uma pacificação entre os diferentes sociais, com o respeito às instituições e a manutenção dos princípios democráticos.

Será o presidente da República capaz de mobilizar esse tipo de esforços?

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