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Eleições 2022: disputa por vaga no Senado mostra cenário totalmente aberto

Rodolfo Marques

Com as principais definições de candidaturas encaminhadas, considerando-se o prazo de 5 de agosto para a realização das convenções partidárias, um pleito que chama a atenção, no Pará, é da única vaga disponível para o Senado. No estado, assim como nas outras 26 unidades federativas, estará em aberto uma vaga para o Senado Federal, com mandato de oito anos. O hoje senador Paulo Rocha (PT-PA) deixa o cargo em 31 de janeiro de 2023. Na eleição deste ano, ele deve ser candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados.

E o cenário para a eleição a esta vaga do Senado (cargo legislativo pelo sistema majoritário e com direito a dois suplentes na chapa), no pleito de outubro, parece bem aberto, sem grandes favoritismos destacados. A concorrência, em si, deve ter parâmetros diferentes das escolhas para a presidência da República e para o governo do estado do Pará, por exemplo.

Em algumas sondagens e em percepções nas plataformas digitais e nos bastidores políticos, dois ex-integrantes do Congresso Nacional despontam com algum favoritismo para disputa da vaga paraense à chamada “Câmara Alta”.

Um deles é Mário Couto Filho (PL), que já foi senador entre 2007 e 2014, ocupou outros cargos públicos relevantes e que agora busca capitalizar, para si, os votos bolsonaristas – eleitores mais conservadores e alinhados, ideologicamente, à direita política. É importante lembrar que, em 2018, Jair Bolsonaro (PL), na sua campanha vitoriosa à presidência da República, amealhou, no Pará, 1.499.294 e 1.742.188 votos, respectivamente – considerando-se os dois turnos (www.tse.jus.br).

Outro candidato que busca voltar ao Senado Federal é o empresário Fernando Flexa Ribeiro, que ocupou uma cadeira na Casa entre 2015 e 2019. Na última janela partidária, ele migrou para o Progressistas (PP) e tenta resgatar algumas pautas de outrora, como a de ser o “senador do açaí” e a da ampliação de universidades públicas no estado do Pará. Busca também o apoio do governador e favorito à reeleição, Helder Barbalho (MDB), embora por mais de 30 anos tenha sido um dos principais nomes locais do PSDB.

Com menos destaque, mas totalmente no páreo, estão outros dois candidatos. O ex-deputado federal Beto Faro (PT) procura se “colar” à candidatura presidencial de Lula – favorito destacado a voltar ao Palácio do Planalto em janeiro de 2023. Ao mesmo tempo, Faro tenta se fortalecer dentro de seu partido, procurando aumentar o seu nível de conhecimento do estado, além de tentar um apoio mais verbalizado por parte do atual governador do Pará.

Outra força política é Manoel Pioneiro, político longevo, e com trajetória muito ligada ao município de Ananindeua, segundo maior colégio eleitoral do estado. Ele concorrerá ao Senado pelo PSDB, agremiação na qual construiu sua carreira política, e também busca declarações de apoio de Helder Barbalho.

Com a realização das convenções e com a oficialização das candidaturas até 15 de agosto de 2022, os mais de 6 milhões de eleitores aptos a votar no Pará (www.tre-pa.jus.br/comunicacao/noticias/2022/Julho/eleitorado-paraense-cresce-em-todos-os-segmentos-133620) terão a responsabilidade de escolher um novo representante no Senado Federal, que se juntará a Jáder Barbalho (MDB) e a Zequinha Marinho (PL) – no caso de este perder as eleições de 2022 para o governo do estado. Barbalho e Marinho têm mais quatro anos de mandato (até janeiro de 2027) como senadores da República.

Rodolfo Marques