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Brasil reduz média de mortes pela Covid-19, mas dados ainda são altos. Pará retoma aulas presenciais

Rodolfo Marques

O Brasil chegou à média móvel de 859 mortes diárias na última semana, de acordo com os dados do consórcio de seis veículos de imprensa que faz o levantamento dos dados da doença desde o dia 8 de junho. É o menor número de mortes diárias desde o dia 20 de maio de 2020 e mostra uma tendência de queda no território. Os números totais de óbitos superam os 123 mil óbitos, em seis meses de pandemia no país.

Em relação ao número de contaminações, continua um número médio de 39 mil casos todos os dias. A queda geral dos números, mesmo que gradativa, é importante. Mas o “platô” alcançado em casos e óbitos ainda está em patamares muito altos – e preocupantes. E o Brasil segue absolutamente fora dos padrões do enfrentamento à pandemia verificados no restante do mundo.

E, na corrida cada vez mais acelerada, no mundo todo, pela descoberta de uma vacina contra o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro voltou a apresentar uma fala polêmica. O chefe do poder executivo nacional disse que ninguém pode ser obrigado a ser vacinado, a partir de um discurso de “liberdade” dos brasileiros. A grande questão é que a pandemia trouxe um grau de interdependência das populações, mostrando que os cuidados de um são essenciais para auxiliar na preservação da saúde do outro.

No âmbito regional, até essa quarta-feira (2), o Pará já apresentou 202 mil casos confirmados e 6.201 mortes, mas vem mostrando um certo controle do cenário e diminuição expressiva nos números gerais. Ainda assim, o vírus continua em circulação e novos casos são registrados diariamente. No processo de reabertura das atividades, decreto do governador Helder Barbalho (MDB) permitiu o retorno gradual das atividades presenciais nas escolas públicas e particulares, nos diferentes níveis de ensino. Os protocolos foram apresentados e cada instituição definirá o retorno em decisões conjuntas com alunos e responsáveis financeiros dos matriculados.

Convivendo há mais de seis meses com a pandemia, o Brasil mostrou grande insucesso no combate à Covid-19, a partir de discursos diferentes e confusos de alguns gestores públicos, de políticas públicas insuficientes para amenizar os efeitos da crise sanitária  e da falta de um tratamento cientificamente comprovado em relação ao novo coronavírus – este, um cenário visto em nível mundial.

Diante disso, cabe continuar mantendo os cuidados indicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e tentar evitar o máximo os riscos de contaminação, que tendem a continuar presentes ainda por um bom tempo no país.

Rodolfo Marques