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Brasil continua com médias altas da covid-19. Pará aumenta enfrentamento à doença no interior.

Rodolfo Marques

Na sua guerra cada vez mais perdida contra a covid-19, o Brasil chegou, em 29 de julho de 2020, a mais de 2 milhões e 500 mil contaminados e próximo de 90 mil mortos. A despeito desses números ainda muito altos e preocupantes, o país parece “normalizar” a crise, iniciada no final de fevereiro, com as confirmações dos primeiros casos da doença. Essa “normalização” está associada ao nos acostumarmos com uma média diária de 1.000 mortes e aos meios de reabertura das atividades em vários do país. O Brasil conviveu, também, no primeiro semestre, com a postura negacionista em relação aos riscos da doença por parte do presidente da República e, ao mesmo tempo, com a ausência da testagem em massa, gerando um cenário de subnotificações.

Nesse contexto, a morte do jornalista e apresentador de TV Rodrigo Rodrigues, aos 45 anos, além da grande comoção que gerou entre espectadores, internautas e amigos, ligou o alerta em relação aos riscos de transmissão da covid-19 – a despeito de vários cuidados tomados pelo próprio Rodrigo – além das questões das comorbidades, como a obesidade.

No que se refere às vacinas, a Rússia vem divulgando a possibilidade de ter doses disponíveis já nas próximas semanas, caso os últimos testes deem certo. No Brasil, uma pesquisa do Instituto Butantã também se encontra em bom nível de aceleração e de resultados, além da parceria que segue com a Universidade de Oxford. Há uma expectativa em todo o globo terrestre pela descoberta – e pelo acesso pleno – às vacinas que poderiam viabilizar, enfim, o encerramento do caos mundial causado pela pandemia.

O Pará continua enfrentando uma pequena oscilação de números, com o controle maior dos casos na Região Metropolitana de Belém e dificuldades no interior do Estado do Pará. Os balneários registraram grandes aglomerações no mês de julho, mas a fiscalização do governo do Estado procurou coibir, ao máximo, os riscos de transmissão da covid-19. A discussão maior, agora, é a respeito do retorno das aulas presenciais na rede pública de ensino.

Em tempos de pandemia, que se mostram muito prolongados e com danos progressivos à saúde física e mental da população, fica a expectativa da superação da doença e de uma retomada segura, com novos protocolos e, acima de tudo, com políticas públicas que possam atender a sociedade, de uma maneira geral, e que consigam mitigar os efeitos econômicos que virão nos próximos meses e anos.

Rodolfo Marques