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Aumenta o número de contaminações e mortes, no Brasil, pela Covid-19. Governo federal precisa agir.

Rodolfo Marques

A pandemia gerada pelo novo Coronavírus consolida-se, neste mês de abril, em países como a França e os Estados Unidos – este, o atual epicentro da contaminação. Itália e Espanha continuam com números altos de mortes e contaminações, mas em decréscimo se comparados com os índices de março.

O Brasil tem seus números oficiais ampliados, com percentuais que se assemelham aos dos países que já foram os mais afetados pela doença. A população está cada vez mais preocupada, principalmente ao observar que há vários casos de mortes no país com pessoas que não estariam nos chamados grupos de riscos. Estes são associados às pessoas acima de 60 anos e/ou indivíduos que já tenham algum outro tipo de doença – as comorbidades.

Por ora, o único método cientificamente comprovado para evitar a expansão da doença é o isolamento social, com vistas a achatar a curva de contaminação. Há testes com possíveis vacinas e tratamentos experimentais com medicamentos, mas as respostas mais definitivas sobre esses procedimentos ainda precisarão de um tempo.

Há a demanda para que o governo federal aja em duas frentes: a) a ampliação da infraestrutura da rede pública de saúde, com a fabricação e compra de respiradores, suporte para um melhor funcionamento das UTI’s e maior responsabilidade com os testes; b) e a recuperação econômica, com suporte para as empresas e, principalmente, para os trabalhadores formais e informais. No contexto da ajuda às populações carentes, há a expectativa pelo início do pagamento do valor de R$ 600, conforme projeções do próprio governo, e questões referentes aos saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

No âmbito regional, com o aumento dos números no Pará em relação à contaminação pela doença, com mais de 150 casos e 5 mortes confirmadas, até esta quarta-feira (8), o governador Helder Barbalho (MDB) ampliou, através de decreto, as medidas restritivas, com a limitação ainda maior às aglomerações, o controle de deslocamentos para praias e igarapés e o fortalecimento da fiscalização para evitar a circulação desnecessária das pessoas.

Dentro das projeções, os meses de abril e maio devem ser os mais intensos e graves da doença no país. A maior parte da população brasileira, através das pesquisas, vem desaprovando a postura do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em relação à Covid-19, mas vem hipotecando apoio ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e aos governadores que vêm ampliando as medidas restritivas – como os de São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pará e Ceará.

Há uma expectativa do povo para que o governo federal aja com mais urgência para promover, o máximo possível, a salvação de vidas e o processo de recuperação econômica diante da recessão que já se apresenta no país.

Rodolfo Marques