Randolfe Rodrigues

Randolph Frederich Rodrigues Alves, mais conhecido como Randolfe Rodrigues, é um professor e político brasileiro. Filiado à Rede Sustentabilidade, é senador pelo Amapá e líder da oposição ao governo Bolsonaro no Senado Federal.

Cortinas de fumaça: o caos planejado que engana o eleitor

Randolfe Rodrigues

A quinta maior taxa de desemprego numa lista de 40 países, mais de 33 milhões de pessoas em situação de fome e o maior percentual de desmatamento dos últimos 15 anos. Temas que deveriam ser debatidos nessa campanha presidencial, mas, não à toa, são consideradas teorias conspiratórias (como: “não existe fome no Brasil”) e cedem espaço para pautas de costume e notícias falsas.

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As cortinas de fumaça usadas pela ultradireita - na tentativa de esconder a realidade de violência e miséria - estão presentes desde o início da gestão Bolsonaro (PL), que lançou logo de cara o famoso “golden shower” enquanto era tema de protestos dos blocos de Carnaval e escolas de samba. Quando o Presidente foi questionado pela queda no PIB brasileiro, por exemplo, ele fez com que um humorista distribuísse bananas aos jornalistas que buscavam respostas sobre os planos econômicos para o país.

Um outro esforço em tentar camuflar a verdade e desviar a atenção sobre  o sofrimento do povo ficou nítido durante o período mais crítico de proliferação da Covid-19, quando houve a politização das mortes pelo vírus e a criação de fatos paralelos no Planalto, que tentava se desassociar da clara responsabilidade pela tragédia sanitária nacional.

Atualmente, a tergiversação - para evitar debater o que realmente importa - concentra forças em mentiras descabidas que se utilizam de valores tradicionais e da fé para manipular o eleitor.

Uma das armas sendo utilizada por esses grupos, na reta final da campanha eleitoral, é a declaração infundada e asquerosa da ex-ministra e senadora eleita, Damares Alves (Republicanos - DF), sobre possíveis casos macabros de violência sexual contra crianças na Ilha de Marajó (PA). Outra estratégia é a produção de fake news associando o ex-presidente Lula a movimentos anti-cristãos.

A campanha de Bolsonaro não se importa com o espalhamento de ódio e intolerância entre os brasileiros. Pelo contrário, quer incendiar a nação para que isso dê à imprensa e redes sociais assuntos aquém da realidade e abra espaço à manipulação de dados em relação à desastrosa atual gestão federal. Existe um caos planejado e calculado de forma desumana.

Usar frases de efeito e mexer com a emoção da população cristã sempre foi uma estratégia de elites negacionistas na busca por poder. No Brasil, essa rede criminosa brinca com o bom senso e estimula a ignorância.

É necessário, por isso, estar atento àquilo que rodeia o brasileiro: preço nos supermercados, problemas na saúde, queda na qualidade de vida, corrupção escancarada, violência política. E como bem disse o arcebispo de Aparecida (SP), em 12 de outubro, pouco antes da chegada de Bolsonaro com seus arruaceiros no local, é preciso vencer “os dragões do ódio e da mentira”.

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