Filmes nacionais para refletir
O público brasileiro costuma consumir muitos produtos do mercado cinematográfico internacional e existe a falsa ideia de que não somos bons produtores de cultura neste ramo do entretenimento. A Outros Mundos vem com este texto provar que o nosso cinema está recheado de bons títulos – basta dar uma chance a eles. Aqui estão algumas obras nacionais para gerar um bom debate e deixar você refletindo sobre os temas propostos!
Como Nossos Pais (2017)
Direção: Laís Bodansky
Além de estar passando por um crise no casamento e se sentir sobrecarregada pelas tarefas domésticas, a esforçada Rosa (Maria Ribeiro) descobre um segredo familiar que faz as suas certezas virarem de ponta-cabeça. A partir daí a protagonista começa uma jornada de aceitação sobre si mesma e desvenda novas possibilidades para o seu futuro, algo que ela sequer considerava antes. Com uma condução simples e diálogos que refletem muito bem o cotidiano, Como Nossos Pais é uma ótima história sobre maternidade, empoderamento feminino e autodescoberta.
Disponível na Netflix
Aquarius (2016)
Direção: Kleber Mendonça Filho
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Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, Aquarius conta a história de Clara, uma senhora de 60 e poucos anos que mora sozinha num apartamento de frente para a praia de Boa Viagem. Um belo dia, Clara é surpreendida por dois representantes de uma construtora que pretende iniciar um empreendimento imobiliário para modernizar a região. Acontece que a visão de mundo deles é muito diferente da visão de Clara, começando aí uma batalha entre o passado e o futuro, fazendo-nos questionar as desigualdades do presente.
Disponível na Netflix
Bingo: O Rei das Manhãs (2017)
Direção: Daniel Rezende
Inspirado na vida de Arlindo Barreto, um dos muitos intérpretes do palhaço Bozo, o filme narra a história de Augusto Mendes, um ator de pornochanchadas que fica famoso ao interpretar o palhaço Bingo em um programa dedicado ao público infantil em plena década de 80. Vladimir Brichta comprova ser um ator multifacetado ao interpretar um personagem complexo e cheio de minúcias. O destaque vai para Daniel Rezende, que faz sua estreia na direção após uma longa carreira como editor e entrega um trabalho excelente, misturando diferentes gêneros sem perder a coerência narrativa e o controle da trama.
Disponível na HBO Go
Califórnia (2015)
Direção: Marina Person
Estela é uma adolescente que vive no começo dos anos 80 e planeja viajar para a Califórnia nas férias a fim de encontrar seu tio Carlos, mas os planos são frustrados quando o mesmo volta ao Brasil para cuidar de uma doença. O estado deteriorado do tio, juntamente com os dilemas e amores da adolescência, fazem Estela questionar sua realidade e o que realmente deseja para si. O filme conta uma jornada de amadurecimento que é sensível, divertida e nostálgica, um prato cheio para quem viveu essa época tão marcante.
Disponível na Netflix
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