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O.J.C. MORAIS

OCÉLIO DE JESÚS C. MORAIS

PhD em Direitos Humanos e Democracia pelo IGC da Faculdade de Direito Coimbra; Doutor em Direito Social (PUC/SP) e Mestre em Direito Constitucional (UFPA); Idealizador-fundador e 1º presidente da Academia Brasileira de Direito da Seguridade Social (Cad. 01); Acadêmico perpétuo da Academia Paraense de Letras (Cad. 08), da Academia Paraense de Letras Jurídicas (Cad. 18) e da Academia Paranaense de Jornalismo (Cad. 29) e escritor amazônida. Contato com o escritor pelo Instagram: @oceliojcmorais.escritor

O tempo, a pandemia e dois apelos urgentes

Océlio de Morais

A superinteligência artificial usada pelo  site Worldometer (mundômetro), uma espécie de relógio do tempo da vida, atualiza  segundo a segundo os números da população mundial, especificando os nascimentos  e as mortes do dia, do mês e do ano - as mortes causadas pela epidemia do Coronavírus por todo o planeta.

Quando  iniciei  este breve artigo à publicação em minha coluna semanal, o  site Worldometer, na segunda-feira, 21/03, às 21:30 hs,  registrava que, a população totalizava 7,853,977,377 humanos, especificando seguintes dados: Coronavirus Cases (124,277,378); Recovered (100,245,697);  Deaths  (2,734,801).

O relógio do tempo não espera ninguém. As mutações genéticas se multiplicam a cada segundo por todo o planeta. 

Mas a gente nem se dá conta da velocidade  como as coisas acontecem em nosso entorno. E  nem ficamos pensando na realidade desses números.

Números que nos tornam uma massa difusa. Números que  indicam tantos significados (inclusive pela maléfica politização ideológica),  mas que também nos tornam absenteístas em relação às coisas mais sublimes (que podem enaltecer  e fortalecer os valores humanos),   tamanha a  cesta de  compromissos  que devemos cuidar todos os dias, ao mesmo tempo em que o relógio do tempo avança o nosso efêmero tempo de existência.

Afastada a politização - ela é maléfica porque retira da sociedade o direito à necessária proteção à saúde -  o significado desses números (adoecimentos, recuperados e mortes pela Covid-19) revela o quanto os sistemas mundiais de saúde não estão adequadamente preparados à prevenção, ao controle e ao atendimento das grandes e devastadoras dessa pandemia,  que parece sem fim.

Uma multidão, e eu nela, temos nos impactado emocionalmente pelos efeitos desse vírus descomunal e até agora incontrolável. 

Os números espalham sofrimentos e dores por todos os quatro cantos da terra. Desde o início da pandemia - meus vinte dedos já não são suficientes para contar as mortes de parentes e amigos pela Covid-19 - quase todos os dias recebo a notícia de um amigo ou conhecido,  que é infectado (muitos se recuperam, como foi o meu caso) e outros falecem. 

Enquanto, de um lado, as dores das perdas vão dilacerando nossas entranhas,  quebrando nossas resistências psicológicas e deixando muita gente em situação vulnerável; de outro, vejo em meu país e em boa parte do mundo uma desnecessária e prejudicial polinização dessa pandemia e dos seus efeitos nefastos.

Há uma inegável polarização ideológica (denominada de esquerda, centro e direita) a qual infelizmente, tem colocado no centro uma disputa pelo controle do  poder político.

Enquanto o vírus está ideologizado nas esferas mais altas e mais bem informadas da sociedade, onde o povo simples não tem acesso  - não esqueçamos que os efeitos da idealização do  vírus não escolhe classe social e pode atingir a todos - o problema real ainda parece longe de solução: a ciência ainda não encontrou a vacina efetivamente eficaz à prevenção e à cura dos acometidos pela Covid-19.

Pelo o que eu já li e já pude testemunhar, aqui e alhures,  nunca (nunca mesmo!!) a politização ideológica dos problemas sociais conseguiu resolvê-los; mas sim agravá-los, ao ponto de tornar a sociedade sem defesa e desprotegida. 

Então, como cidadão, quero fazer dois apelos em nome da sociedade e da humanidade, por todo o humanismo que carrega em suas  múltiplas significações em benefício da dignidade da pessoa humana:

O primeiro,  não agravem  a caótica situação de saúde com as polarizações ideológicas que  aspiram o controle do poder político em qualquer  que seja o cantinho do nosso planeta.

O segundo, empreguem o máximo possível (honestos e sinceros) esforços conjuntos para apoiar a ciência nas pesquisas das vacinas eficazes à prevenção e ao controle  da pandemia e, para, num breve espaço de tempo, erradicar a doença.

Faço esses apelos, por fim, destacando ainda dois outros pontos cruciais ao enfrentamento da pandemia. 

Um, se aqueles que pensam que as polarizações ideológicas são a solução aos problemas políticos e sociais, e se pensam que são ungidos à condição de líderes naturais, lembrem-se do que Jesus disse no Sermão da Montanha:  “Quem dentre vós quiser ser grande, seja o servidor de todos".

Uma possível compreensão dessa mensagem, nos dias atuais, penso que se refere aos "líderes" que  enganam os mansos e humildes de coração, mas não os servem.

O outro ponto crucial: a urgência  da  adoção dos esforços conjuntos (honestos e sinceros), eliminando-se as polarizações ideológicas,  pelo bem da saúde do povo, pois quando encerro este artigo, no cronômetro do tempo do site worldometer, da população mundial atual (7,852,092, 750), os casos de contaminados pelo coronavírus já somavam 124,286,628,  sendo que 100,253,710 (97%) haviam se recuperado e  2,734,962 (3%) pessoas vieram a óbitos.

E quando você estiver lendo este artigo, os esses números já estão defasados, porque   o supercomputador worldometer contínua, em tempo real, registrando novos nascimentos, novos adoecimentos, novos recuperados  e mais mortes pela Covnid-19.

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Océlio de Morais
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