Santo Tomás de Aquino tinha razão. Sempre teve razão quando, já na Idade Média, sustentava na Summa Teológica (ela foi escrita entre os anos de 1265 a 1273), nela identificando que o bem e o mal são inatos à natureza humana”, mas, por si, “não diversificam a espécie”; porém, “o fim diversifica especificamente os atos em bons e maus.”
Teólogo, filósofo e professor de escolástica e aristotelismo
– que foi canonizado Santo em 18 de julho de 1323 – sustentava que “Os atos são às vezes bons e maus pela circunstância”, sendo que “a bondade e a malícia dos atos humanos são relativos à razão”.
Dedico essa crônica ao tema na atualidade, época em que, quanto à natureza humana, embora seja maior a polarização entre o bem (que designa valor) e o mal (contrário à virtude), entre o bom (qualidade de virtuosidade) e o mau (que designa mau-caráter) ainda é movida, são os fins que continuam a qualificar os atos humanos.
Por outro modo: são os objetivos eleitos que vão definindo as condutas humanas nas relações sociais.
Com isso, posso afirmar que o bem e o mau são paralelos na estrada da vida.
Coisas que são tão antigas e tão atuais.
Para algumas pessoas, é o desejo cego do e pelo poder que as move na vida, e não o legado do bem honrado que as poderia identificar nas relações sociais.
Motivações cegas (desejo incontrolável) pelo acesso e manutenção do poder, com fins estranhos ao bem comum coletivo, designa a conduta do mau-caráter, diversa do homem bom.
No cotidiano de nossas vidas, nos deparamos com esses dois tipos de pessoas: algumas são boas; outras são más. As pessoas boas são modelos ao caminhar nas estradas seguras que devemos percorrer.
Dissimuladas, as pessoas más tramam a toda hora para levar vantagens indevidas em tudo e em todas as situações em que se encontram.
É uma luta contínua do bem contra aqueles que dominam a arte das coisas nocivas.
O bem e o mal são paralelos na estrada da vida.
O bem é explícito, o mal é dissimulado. Alguns homens são bons; outros são maus.
Alguns homens têm a arte da paciência e dominam a sabedoria.
O homem mau – dominado pelo egoísmo, usura, vaidade e poder – domina a arte da maldade.
A liberdade de opção pelo bem fará toda a diferença à preservação do legado do bem cunhado Jesus Cristo para toda a humanidade.
___________________
Em observância à Lei 9.610/98, todas as crônicas, artigos e ensaios desta coluna podem ser utilizados para fins estritamente acadêmicos, desde que citado o autor, na seguinte forma (Océlio de Jesus Carneiro Morais (CARNEIRO M, Océlio de Jesus) e respectiva fonte de publicação.