O.J.C. MORAIS

OCÉLIO DE JESÚS C. MORAIS

PhD em Direitos Humanos e Democracia pelo IGC da Faculdade de Direito Coimbra; Doutor em Direito Social (PUC/SP) e Mestre em Direito Constitucional (UFPA); Idealizador-fundador e 1º presidente da Academia Brasileira de Direito da Seguridade Social (Cad. 01); Acadêmico perpétuo da Academia Paraense de Letras (Cad. 08), da Academia Paraense de Letras Jurídicas (Cad. 18) e da Academia Paranaense de Jornalismo (Cad. 29) e escritor amazônida. Contato com o escritor pelo Instagram: @oceliojcmorais.escritor

Leis da Simplicidade

Océlio de Morais

A sociedade do século XXI —  com as maravilhosas invenções tecnológicas, mas também disruptivas dos valores éticos-morais –  é a fantástica e perigosa casa do nosso tempo.  Com as coisas boas e com as coisas ruins. Sempre foi assim em toda história da humanidade, admitidas as peculiaridades de cada tempo.

Mas, confesso que, às vezes, vejo-me como um cidadão utopiense, daquela sociedade imaginada por Thomas Morus, em Utopia (1516), ao projetar “a sociedade (...) onde todas as ações e todas as decisões, públicas e privadas, banais ou importantes, deixam de ser orientadas pela cobiça de muitos ou a lascívia de uns poucos, mas têm por objetivo a sustentação de uma única regra uniforme de justiça, de igualdade e de solidariedade comunitária. “

Por óbvio que aquela sociedade é uma espécie da “terra do nunca” ou, no dizer de Morus, a sociedade do  "não lugar", um lugar inexistente”. Contudo, daquele modelo projetado à sociedade utopiense, é bem apropriado aceitar o princípio, segundo o qual  “a felicidade não é encontrada em qualquer tipo de prazer, mas apenas nos prazeres bons e honestos”.

E por quê? Porque uma sociedade que tenha – como imaginou Morus – por “objeto e objetivo a sustentação de uma única regra uniforme de justiça, de igualdade e de solidariedade comunitária” – me parece bem lógico que todas as ações humanas (públicas ou privadas) devem ser virtuosas, pois o objetivo humano é sempre a felicidade. 

Logo, como a principal base da virtude é a honestidade –  e esse princípio nunca mudará –, aos dias de nossa atualidade, eu também profetizo por sociedade mais justa, numa espécie “Terra da Simplcidade”, regida por cinco regras-princípios como balizas humanistas para a necessária evolução humana: a lei da honestidade, a lei da simplicidade, a lei da cordialidade, a lei da solidariedade, a lei da fraternidade, as quais compõem o “código das virtudes”.

Primeiro princípio-regra: Aplica-se a todos, sem prejuízo das demais virtudes humanas, a lei da honestidade, como principal regra ética-moral universal à real defesa, promoção e respeito à dignidade humana.

Segundo princípio-regra: Todos aceitam com espontaneidade a lei da simplicidade como  princípio natural da condição humana à  construção do espírito verdadeiramente livre.

Terceiro princípio-regra: Não há  amabilidade ou  afabilidade sem o dom da cordialidade, o qual define o caráter acolhedor  e solidário da pessoa.

Quarto princípio-regra: Na Terra da Simplicidade, constitui crime contra a lei da solidariedade humana espalhar os vírus da avareza, da ganância e da usura, porque são venenos que destroem a sensibilidade fraternal.

 Quinto princípio-regra Não é fraterno e viola a lei básica da fraternidade humana aquele que, às claras ou às ocultas, ofende a honorabilidade do semelhante, sonegando-lhe também a generosidade misericordiosa.

As cinco leis da “Terra da Simplicidade” estão ao alcance de todos, em qualquer tempo e em qualquer lugar, por isso,  também desafiam o seu exercício como critério de vida.

Por certo que a “Terra da Simplicidade” não se compara à “melhor das repúblicas” como a pretendida sociedade política de Morus. Ao contrário, a “Terra da Simplicidade” é um lugar real – a razão ética e o coração bondoso de cada pessoa – onde é plenamente possível encontrar a beleza virtuosa da honestidade e a integridade moral.

Todo indivíduo que aceita as cinco leis do “Código das Virtudes” sabe que a honestidade e a integridade moral  projetam, como causa e efeito, a felicidade maravilhosa que embeleza a alma.
----
MORAIS, OJC.
PhD em Democracia e Direitos Humanos (IGC/CDH, instituto associado à Universidade de Coimbra e à FDUC através de protocolos de cooperação institucional.).Doutor em Direito (com ênfase ao princípio da proteção social)  pela  puc/sp; Mestre em Direito pela UFPA, e Acadêmico Perpétuo da APL, da APLJ, da APJ e da ABDSS. Escritor brasileiro.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Océlio de Morais
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM OCÉLIO DE MORAIS