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NBA acerta o passo contra coronavírus, mas tem longa batalha por calendário

A direção da liga americana de basquete aprendeu com os erros e age com cautela durante a pandemia

Danilo Monteiro

A NBA demorou e foi pega de surpresa pelo coronavírus no jogo entre Oklahoma City Thunder e Utah Jazz. O episódio, no entanto, parece ser página virada, pois, agora, a liga americana de basquete atua com bastante cautela em relação à pandemia mundial do Covid-19 e só deve retomar a temporada em junho, a princípio, sem torcida.

A medida, divulgada pelo jornalista americano Adrian Wojnarowski, é bastante conservadora, mas demostra o amadurecimento depois do caso Gobert. Enquanto diversas ligas pelo mundo estão medindo suas suspensões por algumas semanas, a NBA trabalha com data mais realista, de três meses de hiato. Tudo, porém, depende do desenvolvimento de remédios para tratar o coronavírus, pois vacinas precisam de muito mais tempo para serem desenvolvidas.

O mês de junho costuma receber a grande final da NBA, mas desta vez servirá para concluir a temporada regular, que ainda precisa de cerca de 15 jogos para cada equipe. A alteração no calendário empurrará os playoffs para julho e as finais, para agosto, o que deve afetar diretamente na disputa das Olimpíadas, que provavelmente deverá ser adiada.

A mudança também preocupa para a próxima temporada, porque, caso as datas sejam mantidas, os jogadores teriam apenas o mês de setembro para descansar – isso sem contar com os Jogos de Tóquio, que são uma incógnita. A reformulação do calendário e formato de disputa da liga, que foi cogitado por Adam Silver, comissário da liga, durante este ano, pode estar cada vez mais próxima.

A estrutura atual obriga as equipes a disputarem 82 jogos de temporada regular, além dos playoffs. Os jogadores, normalmente, têm cerca de quatro meses de férias depois do desgastante calendário da NBA. Esse é mais um motivo para forçar uma mudança no formato, pois as férias serão extremamente curtas caso tudo permaneça no lugar.

Situações extremas exigem medidas extremas e, de fato, uma mudança na estrutura seria bem-vinda. Além do lado humano, é preciso analisar a constante falta de competitividade de times do leste em relação ao oeste, que tem grandes times tendo campanhas curtas nos playoffs, exatamente pelo alto nível apresentado por equipes de lá.

OFF Danilo Monteiro