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'O Grito', 'O Enigma do Outro Mundo', 'Nosferatu' e 'Parasita'

Marco Antônio Moreira

“O Grito”

O leitor que se lembrar de “O Grito” de Takashi Shimizu terá recordações de um bom filme de terror. A ideia de uma maldição em uma casa que surge após uma pessoa morrer em momentos de violência e tristeza foi bem planejada neste trabalho realizado em 2000.

Depois chegaram as refilmagens americanas que pouco acrescentaram a ideia original com fortes cenas de terror e boa rentabilidade nas bilheterias. Não sei se a criatividade em Hollywood anda em baixa, mas o que temos aqui pode ser uma refilmagem que prenuncia uma nova série de nova franquia.

O diretor Nicolas Peace realizou “Os Olhos da minha Mãe” (2017) que me pareceu muito violento em várias cenas. Talvez esse novo “O Grito” seja do mesmo estilo desse trabalho de 2017, mas é possível que a produção de Sam Raimi (de “Uma Noite Alucinante” e “Homem-Aranha”) possa ter ajudado no resultado final.


“O Enigma de Outro Mundo”

John Carpenter é um diretor que sabe trabalhar em filmes de gêneros diferentes como terror e ficção cientifica. Com “Halloween”(1978) e “Fuga para Nova York” (1981), ele criou estilo próprio de filmar e equilibrar narrativas e personagens.

“O Enigma de Outro Mundo” (1982) é um filme que representa uma de suas melhores performances como diretor de cinema. Em uma história instigante, Carpenter nos brinda com cenas de suspense e terror com trilha sonora, fotografia e efeitos especiais de alto nível.

Refilmagem de “O Monstro do Ártico” de 1951, a história do filme se passa na Antártida onde um grupo de cientistas americanos é perturbado em sua base quando, de helicóptero, cientistas de outra base atiram em um cão do acampamento. O cão baleado é socorrido, mas tudo começa a mudar a partir de algumas mortes misteriosas.

A trilha sonora de Ennio Morricone (com temas musicais do próprio John Carpenter) e um elenco adequado aos personagens, especialmente Kurt Russel, merecem destaque.  O filme será exibido na sessão Cult do Cine Líbero Luxardo neste sábado, dia 15, às 15h, com entrada franca.


“Nosferatu – O Vampiro da Noite”

O cineasta Werner Herzog é um dos maiores nomes do cinema com obras extraordinárias, desde o final dos anos 1960. Em 1979, Herzog decidiu refilmar “Nosferatu” (1921) de F. W. Murnau como homenagem e com outra abordagem sobre o personagem principal

O resultado é um de seus melhores filmes. Herzog não realizou um filme de terror, mas um filme sobre o amor e a solidão, sobre um personagem que busca o amor, mas tem que destruí-lo. “Ama o que destrói e destrói o que ama” como na letra bela de uma canção de Sting.

O destino do vampiro, viver para sempre, solitário e isolado, é percebido poeticamente pelo diretor. O filme é belo. Da fotografia, genial trilha sonora de Popol Vuh, atuações de Klaus Kinski, Isabelle Adjani e Bruno Ganz, e direção inspirada de Herzog (que em algumas cenas repete como homenagem exatamente a atuação dos atores do filme de 1921), “Nosferatu: O Vampiro da Noite” é um clássico que merece revisão, especialmente em uma tela de cinema. Confira em exibição no cinema Olympia. 


“Parasita”

Depois da premiação do “Oscar”, como é bom saber que “Parasita” volta ao circuito em mais salas. Vale assistir ou rever um dos melhores filmes do ano passado e elaborar outras opiniões sobre essa história tão próxima da realidade social, econômica e política de diversos países.


 

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