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Vem aí um Re-Pa de times táticos

Carlos Ferreira

Tendo passado por duas significativas reformas, da Série C para a Copa Verde e da CV para o Parazão, o Remo de Paulo Bonamigo ainda não chegou a ser um primor tático, mas sempre mostrou uma clara identidade no modelo de jogo. Agora, com todas as novas peças, trata de engrenar. Já o Paysandu, de Itamar Shulle, é um caso de reconstrução, mas já com desempenho e resultados animadores, dentro de admirável aplicação tática.

No primeiro Re-Pa de 2021, no próximo domingo, os dois times ainda estarão em estágio bem abaixo do pretendido, mas já indicam um duelo tático, com mais funções do que correria. O Re-Pa vai medir e pesar potenciais nessa fase de impressões alentadoras.

Provas de que futebol é processo

O Dioguinho titular do Remo, hoje, está bem acima do Dioguinho que se destacou no Castanhal, ano passado. O atacante teve  evolução tática e se encaixou no time azulino, repetindo o que aconteceu em 2017 com Perema no Paysandu, onde finalmente aprendeu a marcar por zona e evoluiu flagrantemente. Dioguinho e Perema são provas vivas de que futebol é processo.

Em 1977, Bira explodiu no Remo ao passar por treinos específicos, quando apredeu a cabecear e tornou-se um especialista. Zé Augusto, no Paysandu, em 2000/2001, se transformou nas mãos de Givanildo Oliveira. E essas histórias servem para credibilizar todos os trabalhos de quem tem capacidade e dedicação no dia-a-dia do futebol.

BAIXINHAS

* O futebol é processo (etapa por etapa) para desenvolvimentos individuais e coletivos. Lembremos do Remo campeão paraense de 1999. O time chegou a um descrédito tal que a imprensa parou de cobrar e os dirigentes jogaram a toalha.

* Desacreditados, Carbone e seus atletas trataram de trabalhar por uma reação. O time, liderado pelo meia Ailton, conquistou o segundo turno, foi às finais com o Paysandu e conquistou um título que parecia impossível. Histórias assim produzem lições.

* A coluna está resgatando história de êxito pelos treinamentos e união de forças para manifestar crença no Papão de Shulle e no Leão de Bonamigo, que estão em processos promissores de consistência tática.

* Antes do Re-Pa do próximo domingo, o novo Papão defende a sua boa imagem contra o Carajás, hoje, 10h30, no Outeiro, como franco favorito. O Leão vai ter desafio grandioso na Copa do Brasil, quarta-feira, em Bento Gonçalves/RS, contra o Esportivo. Jogo para elevar ou baixar a cotação do time às vésperas do clássico estadual.

* Além de Carajás x Paysandu, o Parazão tem hoje Bragantino x Águia às 9h30 em Bragança, Paragominas x Tapajós às 10 horas em Paragominas, Gavião Kiykatejê x Independente às 16 horas em Marabá.

* Pedro Paulo, 43 anos, técnico iniciante no Carajás, tem hoje o seu dia de maior visibilidade e desafio na nova função. Foi zagueiro no Sport Belém, no Paysandu, no Remo e em clubes de São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Bahia, Pernambuco e Distrito Federal. Pendurou as chuteiras em 2017. 

Carlos Ferreira