MENU

BUSCA

Veja em qual aspecto o Nicolas pelo Paysandu supera o Pelé

Carlos Ferreira

Em que o bicolor Nicolas superaria Pelé?

O Esporte Espetacular (Globo) revelou que o salário de Pelé no seu auge, em 1969, no Santos, era pouco acima de R$ 30 mil, em valores atualizados. Garrincha, em 1962, no Botafogo, ganha pouco mais de R$ 11 mil, também em valores atualizados. No contracheque, antes da redução provocada pela pandemia, o bicolor Nicolas, maior salário do futebol paraense, superaria a maior dupla que a Seleção Brasileira já teve. Porém, Cristiano Ronaldo e Messi, ganham em apenas seis horas, cada, o que Nicolas ganha por mês.     

Os maiores salários do futebol, na atualidade, são absurdos se comparados aos salários de gênios do passado e mais ainda se comparados ao que ganham as pessoas em geral. Mas o que eles geram de dinheiro a quem os patrocina, direta ou indiretamente, é ainda mais absurdo. Afinal, na elite do futebol internacional chove dinheiro sem parar.

 

Em quantos dias, Cristiano Ronaldo e Messi pagariam todas as contas de Papão e Leão?

Os salários de R$ 12 milhões mensais, de Cristano Ronaldo e Messi, correspondem a R$ 400 mil por dia. No início da pandemia, o presidente azulino Fábio Bentes disse que os custos gerais do Remo eram em torno de R$ 650 mil por mês. Um pouquinho acima de um dia e meio de trabalho de um dos dois super astros internacionais. Os custos gerais do Paysandu seriam bancados com dois dias de trabalho do português ou do argentino. E pensar que Paysandu e Remo ainda são ricos, se comparados a maioria dos clubes brasileiros... Haja abismos!

 

BAIXINHAS

* Grande ironia é considerar que o Remo zeraria todos os seus débitos e corrigiria suas defasagens estruturais com os R$ 28 milhões que o Palmeiras pagou este ano por Rony, um jogador que saiu quase de graça do clube azulino para o Cruzeiro há apenas seis anos.

* O Paysandu conseguiria muito mais com o que São Paulo, Sevilha e Fluminense pagaram por Paulo Henrique Ganso, nos últimos dez anos. E o craque saiu quase de graça da Curuzu para o Santos. Saiu pela quitação de um débito dos empréstimos de Eder Seccon e Luis Augusto.

* Mais que ironia, esses dados são a denúncia flagrante da visão equivocada na dupla Re-Pa para a formação de jogadores, exposição e valorização dos frutos. Preferem ser importadores de quem mal conseguem pagar, no sonho de glória imediatas que raramente conquistam.

* A pandemia vai passar e a bola vai voltar a rolar com finanças mais apertadas em todos os clubes do mundo. Os acenos são para barateamento dos salários com mais espaço para frutos da base em todas as regiões do planeta. Curuzu e Baenão, porém, são prováveis exceções.

* Se Paysandu e Remo resolveriam todos os seus problemas com o que já renderam Ganso e Rony, imaginemos a Tuna com o que rendeu Giovanni, vendido ao Santos por R$ 300 mil, em 1994. Foram milhões de dólares nas transferências do Santos para o Barcelona e do Barcelona para o Olympiakos. Hoje, Giovanni é mais rico que clube da sua origem.

Carlos Ferreira