Todo mundo 'pilhado' no Re-Pa
Os bicolores pelo jejum de vitórias (nove, agora dez jogos), e os azulinos pelo tabu de nove Re-Pas mantido pelo rival. Pressionados por isso, atletas dos dois lados estavam muito tensos e, em consequência, erraram demais no clássico de quarta-feira. O lado bom é que tantos erros permitiram cinco gols e um jogo carregado de emoções.
Por onde passam no dia a dia, os atletas são cobrados enfaticamente às vésperas de um Re-Pa, inclusive com ameaças. Uns são mais impactados do que outros, mas ninguém se livra do nervosismo. É bem a essência do Re-Pa, principalmente para os tantos recém-chegados. O futebol vira duelo de guerreiros, e as torcidas aprovam, com a ideia de que Re-Pa deve ser isso mesmo. Deve mesmo?
E para domingo, qual é a tendência?
O time do Paysandu segue sob o mesmo ardor das cobranças. O time do Remo leva o crédito pela quebra do tabu, que tanto incomodava, e a vantagem do empate para ser campeão. Agora, o que pesa é a cobrança pelo título estadual.
Ficou claro na quarta-feira que o time bicolor reage às cobranças com bravura e arrojo, apesar do tão alegado desgaste físico. Isso é superação! Domingo não vai ser diferente. O time azulino já entendeu que precisa ser igualmente valente. Será mais um jogo de imposição física e de erros decisivos pelo efeito da tensão. Em outras palavras, vai sobrar emoção.
BAIXINHAS
- Herdeiros das vagas de Novillo e de Jaderson. Na zaga do Paysandu, parece óbvio que será o uruguaio Yeferson Quintana. No meio de campo azulino, há concorrência aberta pela herança. Daria Dodô numa proposta mais ofensiva, mas a tendência é que Daniel Paulista opte por quem ofereça mais consistência — provavelmente Pedro Castro.
- O Remo está a 16 gols do seu milésimo gol em Re-Pas. Para o Paysandu, faltam 18. O placar está em 984 x 982 para o Leão. Em número de vitórias: 269 do Remo, 243 do Paysandu e 265 empates. Fonte: Enciclopédia do Futebol Paraense.
- Repercute muito bem entre atletas e comissão técnica do Remo a atitude do presidente Antônio Carlos Teixeira em solidariedade a Jaderson. O presidente foi do estádio para o hospital tão logo a ambulância saiu conduzindo o atleta. Atitude muito humana, avaliam todos no Baenão.
- Luizinho Lopes investiu alto no lateral Edílson. Criou condições para o atleta atacar frequentemente e causou grandes embaraços aos azulinos. Agora que o adversário está alerta, Luizinho busca outra surpresa em seu pacote tático.
- Ao mesmo tempo, os bicolores tratam de criar antídoto para o veneno dos escanteios de Sávio, arma que resultou em gols nos três últimos jogos do Remo. A bola parada vem sendo arma fundamental para o Leão Azul.
- Não apenas Pavani, mas todos estarão muito mais ligados no compromisso de não “brincar” em serviço. O atleta do Leão salvou-se de virar vilão graças à vitória, mas acabou produzindo uma grande lição para ele e para todos que entrarão em campo no domingo.
- Tuna x Manaus, Manauara x Águia, domingo à tarde, em mais um duplo duelo entre paraenses e amazonenses na Série D. Manauara e Águia, com sete pontos; Tuna, com seis; e Manaus, com cinco, formam o G-4 do grupo amazônico.