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Técnicos de Remo e Paysandu desfazem os nós da marcação em linhas

Carlos Ferreira

Marcação em linhas vira desafio intelectual para azulinos e bicolores

Por décadas, no Brasil, jogadores de futebol foram formados nas funções de 4-4-2. Surgiram novos sistemas, mas a base seguiu no “feijão com arroz”. Agora, com algum atraso, alastra-se a marcação em linhas, mais típica de 4-1-4-1, do Paysandu, mas aplicada também no 4-2-3-1 do Remo. São funções diferentes para a maioria dos atletas, principalmente na recomposição, sempre em alta intensidade. Alguns, por limitação intelectual ou déficit de atenção, têm grande dificuldade ou nem conseguem executá-las.

Nós, que tanto cobramos organização tática, precisamos entender que novas funções são essas e explicá-las ao público. Afinal, Leão e Papão estão nessa nova concepção de jogo. O Remo, pelo maior tempo de treinamentos, pareceu bem mais ajustado que o Paysandu, até agora. A evolução das duas equipes vai ser lenta e gradativa, na busca da consistência.

 

A importância do cognitivo para os atletas

Tanto quanto o talento e a capacidade física, passa a ser fundamental o cognitivo para o sucesso dos atletas no futebol. No jogo cada dia intenso, só a boa engrenagem tática pode otimizar resultados com menos desgaste. Essa é a obstinação de João Brigatti na Curuzu e de João Nasser Neto no Baenão, trabalhando com diferentes níveis de inteligência nos seus elencos.

Em Santarém o Remo funcionou bem, de tal forma que o goleiro Vinícius não fez uma única defesa importante. Mas era flagrante que o time está tenso na execução do sistema de jogo. O Paysandu se desarrumou várias vezes no sistema defensivo, diante do São Francisco e do Bragantino, por erros individuais e coletivos, que agora Brigatti trata de corrigir.           

 

BAIXINHAS

* A média de 11.556 pagantes nos dois primeiros jogos da temporada não é nada demais para uma torcida tão grandiosa como a do Papão, mas já significa mais que o dobro da média do clube na última Série B: 4.997.  A Curuzu cheia, colorida, pulsando, no último domingo, voltou a ser tradução do Paysandu.  

* O Remo tem dois importados para a lateral esquerda, mas a posição está com o paraense Thiago Félix, ex-Pinheirense.  Afinal, Ronael está lesionado e Vitor Luiz ainda está se ambientando. O destino conspirou a favor de Thiago Félix, que deu conta do recado em Santarém, mas vai ter que se reafirmar no time a cada jogo, tal como Djalma, também ex-Pinheirense, que barrou Geovani na direita.  

* Olho gordo na bilheteria! Tapajós e Independente decididos a transferir para o Mangueirão seus mandos de jogo contra o Remo, visando renda. Estão traindo as cidades que representam? A FPF vai homologar? Essa conveniência mais do que rima com indecência. 

* Está por conta de um documento do Corpo de Bombeiros para o Ministério Público a liberação do Mangueirão para Remo x Tapajós, domingo. O estádio deve ser reaberto com 25 mil lugares disponíveis ao público, já com aprovação da Polícia Militar, do Conselho de Engenharia e da Vigilância Sanitária.

Carlos Ferreira