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Re-Pa: lenha na fogueira ou água na fervura

Carlos Ferreira

Os bons sinais do Remo diante do Manaus, na estreia de Paulo Bonamigo, fizeram o clube ferver de esperança. O Paysandu já fervia, de confiança, pela seqüência de bons resultados, desde a goleada sobre o Imperatriz. Pois bem! Amanhã, quem vencer terá lenha na fogueira para incendiar de vez nesta Série C. Quem perder, vai ter água na fervura. Afinal, Re-Pa que se preza tem seus impactos.

Em toda a temporada, o Leão nunca se mostrou tão promissor para um Re-Pa, agora com equilíbrio entre consistência defensiva e possibilidades ofensivas. Por isso, a bandeira da esperança! O Papão já vem mostrando esse equilíbrio desde o ano passado.  É um time pronto. Por isso, a bandeira da confiança! 

Possibilidades de azulinos e bicolores na rodada

O Remo tem chance mínima de se tornar líder nesta rodada, mas pode avançar ao segundo lugar se ganhar o Re-Pa, desde que o Vila Nova não vença o Jacuipense na Bahia. Porém, se perder, o Leão sai do G4, dando vaga ao próprio rival. Com derrota, o Remo pode ser superado também pelo Jacuipense. O Paysandu pode subir até à terceira posição, superando o Remo e o Vila Nova. Mas se perder o clássico, pode ser superado pelo Jacuipense na tabela de classificação.  

Um empate no clássico paraense manteria o Leão Azul no G4, como terceiro ou quarto colocado, e poderia derrubar o Papão para a sexta posição, em caso de vitória do Jacuipense sobre o Vila Nova. Lembrando que o time baiano tem um jogo atrasado, da 1ª rodada, a ser cumprido na próxima quinta-feira, no Maranhão, contra o Imperatriz. O Jacuipense está com 10 pontos e pode chegar a 16 nesses dois jogos. 

BAIXINHAS

* Dos atuais jogadores de Leão e Papão, ninguém tem maior “quilometragem” em Re-Pa do que o goiano Eduardo Ramos. Ele vai disputar o seu 25º clássico paraense. Em 2013 jogou seis Re-Pas e fez um gol. Pelo Remo, em quatro passagens, desde 2014, Eduardo Ramos esteve em 18 Re-Pas e marcou seis gols.

 * Nicolas é o outro “Senhor Re-Pa”. O artilheiro do Papão tem dez clássicos no Pará e fez quatro gols contra o Remo. Nos dois últimos, porém, Nicolas mal conseguiu jogar, muito marcado. Mas foi pivô da expulsão de Fredson na finalíssima do campeonato. Quatro gols em Re-Pa significam 16% de toda a artilharia de Nicolas (25) com a camisa do Papão.

* O técnico remista Paulo Bonamigo já tinha 27 anos quando o bicolor Matheus Costa nasceu, em 1987. Naquele ano, Bonamigo já sagrava-se tricampeão gaúcho pelo Grêmio. Amanhã eles serão adversários à beira do campo. O azulino com grande vivência no futebol como jogador e como treinador. O bicolor, que só jogou futsal, é um profissional do futebol com admirável bagagem teórica.

* Com 33 anos, o técnico do Papão é dois anos mais novo que o bicolor Alex Maranhão e azulino Marlon, e um ano mais novo que outros três jogadores desse Re-Pa: Eduardo Ramos, Wesley Matos e Carlão. Seria o caso também de Micael, outro de 34 anos, mas que está suspenso por cartões amarelos.  

* Tabu recorde do Paysandu sobre o Remo foi construído em 1970, com 13 jogos. Jogadores importantes daquela temporada: João Tavares, Paulo Tavares, Beto, Quarentinha, Bené, Da Costa e companhia no Papão; Sirotheau, Carlinhos, Birungueta, Robilota, Neves e companhia no Leão.

Carlos Ferreira