CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Que peso têm os estragos de maio?

Carlos Ferreira
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O jogo contra o Brusque, já no início de junho, foi o 8° do Remo (viagens a SP, RS e SC) em apenas 30 dias. O Paysandu completou, contra o São José/RS, 10 jogos (viagens SC, RS, RJ e GO), mas com alta rotatividade de atletas em três competições diferentes. Os estragos de maio provocaram troca de técnico e redirecionamento de trabalho nos dois clubes. Isso vale como atenuante, mas não elimina a vergonha pelos fracassos desse futebol tão mal gerido. 

O Papão segue em maratona. Joga amanhã no interior do Paraná contra o Operário. O Leão, pelo menos, tem intervalo de cinco dias do último para o próximo jogo, que será em Belém, contra o América/RN. 

Compreender ou detonar?

O Remo está dentro e o Paysandu à beira da zona do rebaixamento. Natural que muitos queiram detoná-los, mas cabe compreensão para os efeitos do desgaste físico e da falta de tempo para treinamentos. Só após a 8ª rodada é que os intervalos vão atender às necessidades tecnicas e fisiológicas. 

O mais importante agora é observar se há compromisso, união e trabalho sério pela reação. Onde a resposta for "sim", haverá perspectiva de decolagem na campanha, sobretudo porque os atletas passarão a ter o indispensável tempo de repouso e os técnicos vão, finalmente, poder fazer as correções e os aprimoramentos em treinos. 

Enfim, compreender ou detonar é por conta de cada um.

BAIXINHAS 

* Compreender as circunstâncias não é ignorar outros fatores do mau começo da dupla Re-Pa na Série C. No Papão, erros primários na montagem do elenco e remendos intermináveis com chegada e saída de jogadores. No Leão, ambiente pouco profissional e algumas contratações fora do perfil da Série C. 

* Média de aproveitamento do Remo com Ricardo Catalá (66,6%, quatro pontos em dois jogos) o levaria a 30 pontos nas 13 rodadas restantes. Assim, o Remo teria perspectiva de classificação. 

* O Paysandu está com 38,8% de aproveitamento. Vai precisar de 59% no restante da fase para fazer 30 pontos, o mínimo necessário para ter chance de avançar ao quadrangular do acesso. 

* Nos recursos técnicos e na imaginação, Robinho já confirmou que pode fazer a diferença no Papão. Mas já não pode impor intensidade de jogo, principalmente na transição defensiva. Marquinhos Santos terá que encontrar compensações para o equilíbrio do time. 

* É angustiante a falta de talento em torno de Muriqui. A referência técnica do Remo tem pouco contato com a bola. Seu raciocínio raramente é acompanhado. Essa é uma das grandes carências do time azulino.

* Marquinhos Santos já chegou sob rejeição e caiu ainda mais de cotação na escalação para o jogo contra o São José, como na entrada de Paulão fora de forma e na troca de Gabriel Bernard por Allan.

* Uma mudança cogitada no Remo para o jogo contra o América de Natal seria de goleiro: Zé Carlos no lugar de Vinícius. Nenhuma decisão tomada. Apenas sinais da substituição. 

 * Na rodada passada, o adversário do Leão (América/RN) venceu o adversário do Papão (Operário) com gol do zagueiro ex-bicolor Gilvan. O time potiguar tem também o atacante Renan Gorne, ex-azulino e ex-bicolor. Atacante Wallace Pernambucano, 36 anos, 15 gols e 7 assistências em 21 jogos, é a fera do ano no América. 

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Carlos Ferreira
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