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Por que o Remo é grato ao executivo do Paysandu?

Carlos Ferreira

Fred Gomes, atual executivo de futebol do Paysandu, cumpriu a mesma função no Remo em 2015 e 2016 e fez por merecer a gratidão dos remistas. Foi ele quem deu um basta nos contratos que impunham compromissos trabalhistas por toda a temporada, independente da eliminação precoce do clube. Instalou-se o fim dos compromissos ao término da campanha, com pagamento dos dias trabalhados, como o Remo agiu este ano, por exemplo.

A medida, praticada também pelo Paysandu, foi uma das formas de frear o endividamento na Justiça do Trabalho. Assim, o Remo vai quitar os débitos judicializados no primeiro semestre de 2023, coroando de êxito o seu plano de recuperação judicial, executado ao longo de oito anos.

Papão: força mental, mais do que nunca

É nas redes sociais que jogadores de futebol medem o prestígio junto à torcida. Mas nesse universo não há meio termos. Ou afagos ou pedradas! A fase é de agressões verbais e até de ameaças, que, em geral, destroem a força mental de um grupo.

Se os atletas do Paysandu não estão evitando, deveriam evitar as redes sociais esta semana. É hora de fortalecer o emocional para uma grande atuação no sábado, em Florianópolis. Por mais que pareça improvável, uma vitória sobre o Figueirense é possível e mudaria totalmente o cenário. Como está valendo a chance de alcançar o maior objetivo do ano, o jogo de sábado pode e deve ser tratado como "jogo do ano". Acreditar é o primeiro passo, até porque o adversário está esbanjando confiança.

BAIXINHAS

* Em nome da força mental, os profissionais do Paysandu estão dando força uns aos outros desde o vestiário do pós jogo de sábado, como declarou o capitão Genilson. É igualmente importante, porém, que o Papão encontre alternativas de jogo para não ser tão dependente de José Aldo, o homem mais marcado pelos adversários nesta fase.

* Tal como o paulista Márcio Fernandes no Paysandu, o gaúcho Júnior Rocha é técnico do Figueirense desde o início da temporada. Nesta Série C, o maior mérito do time catarinense é o aproveitamento como mandante: 78,7%. Oito vitórias, dois empates e uma derrota. Melhor mandante do campeonato!

* Para justificar a ausência na próxima Copa Verde, o Remo divulga que ao manter o futebol profissional inativo vai deixar de gastar de R$ 900 mil a 1 milhão. Faz sentido! Mas os patrocinadores, que vão seguir honrando pagamentos, sofrem grande perda de visibilidade com o Leão "de férias".

* Centenária rivalidade Remo x Paysandu foi construída com interferência de líderes políticos e a popularização dos dois clubes com participações em festivais suburbanos. É o que diz o pesquisador Itamar Gaudêncio, que hoje, 17h30, na Feira do Livro (Hangar Centro de Convenções) estará autografando  os seus dois livros, sobre Re-Pa e Futebol Suburbano.

* Advogado André Meira, que trabalhou seis anos na gestão da dívida trabalhista do Remo, lembra que em 2011 deixou o montante reduzido a R$ 3,2 milhões, e que ao retornar, três anos depois, o débito já beirava os R$ 16 milhões.

* Assim como o bicolor Marlon, os seus principais concorrentes pela artilharia da Série C também pararam de fazer gols. Alex Henrique, da Aparecidense, permanece igualado a Marlon com 10 gols e Rafinha, do Vitória, segue com oito. 

Carlos Ferreira