MENU

BUSCA

Por que o Papão tem cotação acima do Botafogo-SP?

Carlos Ferreira

Torcida, esse é o único fator para colocar o Paysandu numa cotação acima do Botafogo/SP. A rigor, neste começo de Série B todos os times estão equiparados. Então, jogar em casa é uma vantagem relativa para times com força de torcida. Relativa, porque tanto pode ser favorável como contrária, dependendo do que esteja acontecendo no jogo.

Ocorre que o Paysandu tem não só uma torcida grandiosa e participativa, mas também um time tático, estável. Tendo bom desempenho e atitude competitiva, terá a energia da torcida para se impor e construir a vitória. Missão nada simples, embora o time de Ribeirão Preto não esteja bem-conceituado. Foi o 12° colocado entre os 16 clubes do Paulistão e está com compromisso imediato de levantar o moral.

Um fantasma em questão

O que diferencia o time atual do Remo daquele que perdeu os quatro primeiros jogos na Série C de 2023? Resposta: o estado físico. O time do ano passado se iludiu com o sucesso feito contra o Corinthians na Copa do Brasil, relaxou e entrou na Série C em baixa competitividade. Se deu muito mal, perdendo seguidamente para São Bernardo, Botafogo/PB, Amazonas e São José. Desta vez, o Leão estreou perdendo para o Volta Redonda, mas sendo valente, competitivo. O pecado foi nas finalizações.

Se tiver bravura e organização tática, o Remo fará jogo bem disputado em Minas Gerais contra o festejado time do Athletic. Certamente, o time de Morínigo não repetirá o quádruplo fracasso do time de Marcelo Cabo, que deixou um fantasma em questão.

BAIXINHAS

* Robinho, atacante que fez cinco gols em 40 jogos pelo Paysandu em 2022, está a serviço do Botafogo/SP, onde tem 25 jogos (apenas um este ano) e sete gols. O lateral Patrick Brey e o zagueiro Fábio Sanchez são outros dois ex-bicolores no Botinha.

* Athletic, adversário do Leão Azul, é um clube de 114 anos. Depois de quatro décadas, reativou o futebol profissional em 2018 e virou SAF (Sociedade Anônima de Futebol) em 2021. Está se estruturando num projeto ambicioso para ganhar protagonismo em Minas Gerais e no país. Roger Silva, que ano passado enfrentou o Remo pelo Pouso Alegre, é o comandante do Athletic.

* Paysandu volta a jogar pela Série B em Belém depois de seis anos. A última vez foi dolorosa, com rebaixamento na derrota para o Atlético Goianiense, na Curuzu, por 5 x 2. Nesta volta, o Papão está disposto a tudo para se manter em posição de honra e aproveitar a oportunidade de acelerar a sua estruturação.

* Águia e suas caras novas em ação, amanhã, 16 horas, em Teresina, contra o River. Esse jogo vai abrir a jornada dos paraenses. Uma hora depois, o Paysandu no Mangueirão, contra o Botafogo/SP. Às 19h30, o Remo no interior de Minas Gerais contra o Athetic. Fechando, domingo, 16 horas, o Cametá, em casa, contra o Altos/PI.

* Foi contra dois times do interior do MG que o Remo decidiu e perdeu dois títulos nacionais. Foi vice em 1971, diante do Vila Nova de Nova Lima, e em 1984, diante do Uberlândia. Mas também vale lembrar que no ano passado venceu o Pouso Alegre por 2 x 0, em Pouso Alegre/MG.

* Estacionamento do Mangueirão: preços abusivos, péssimo serviço e exploração ilegal de área pública. Está tudo errado, mas as autoridades fecham os olhos. Vai ser assim até que um usuário faça valer os seus direitos.

* Alex Sandro e Mario Sérgio, dois atacantes que foram discretos no Remo e depois estouraram. Alex Sandro é artilheiro do Botafogo/SP com seis gols em 15 jogos. Mário Sérgio, que ano passado fez 22 gols em 44 jogos pelo Paysandu, está na Chapecoense com dois gols em oito jogos.

Carlos Ferreira