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Perema é o único paraense de sucesso na dupla Re-Pa

Carlos Ferreira

O exercício de escolha da seleção do Parazão no período pré-pandemia, na coluna de ontem, nos levou à percepção de que Perema é o único paraense fazendo sucesso na dupla Re-Pa neste campeonato. O zagueiro santareno tem sido absoluto na zaga bicolor, formando dupla com Micael desde o ano passado. Perema, 27 anos, está no Papão desde 2017. Tem 105 jogos e quatro gols, segundo o portal de estatísticas ogol.

O segundo paraense mais acionado na dupla Re-Pa nesta temporada é o volante azulino Laílson, 22 anos, natural de Oeiras. Laílson esteve em sete dos onze jogos do Leão na temporada, enquanto Perema só ficou fora de um dos nove jogos do Papão.

 

Reflexo natural: quem não produz, importa

Se em 2019 o Remo contratou 42 e o Paysandu 33 jogadores, este ano o Leão está em doze e o Papão em nove. A dupla Re-Pa deve fechar 2020 com números bem abaixo do exagero cometido ano passado, quando os dois clubes remontaram os seus elencos. Assim mesmo, reafirmam a ordem natural de mercado: quem não produz, importa.

Com categorias de base funcionando precariamente, os frutos aproveitados são raros, pelo nível dessa formação e pela cultura imediatista que fomenta a importação exagerada. Além disso, Leão e Papão estão encaminhando suas principais revelações, em idade abaixo de 18 anos, para clubes maiores, em parceria. A esperança é que alguém "estoure" no mercado e seja vendido por cifras milionárias. Assim, nos últimos cinco anos saíram os azulinos Ameixa, Gustavo, Gabriel Lima, Amaury, Keven e o bicolor Vitor Diniz.

 

BAIXINHAS

* Keven, maior revelação do campeonato paraense de 2019, voltou lesionado de Portugal, fez tratamento no núcleo de saúde e performance do Remo. O zagueiro, de 19 anos, está na expectativa de contrato com um clube da Série A para disputar o campeonato brasileiro de aspirantes (sub 23).

* A seleção da coluna, divulgada ontem, ficou com: Vinícius; Daelson, Perema, Rafael Jansen, Bruno Collaço; Uchôa, Serginho, Marcos, Vinícius Leite; Pecel e Nícolas. Seis jogadores do Paysandu, dois do Remo, dois do Castanhal e um do Independente. O volante Marcos, do Castanhal, é a revelação.

* Primeira unanimidade entre os clubes do Parazão nesta pandemia. Todos se queixando dos custos com exames sorológicos e outras exigências para a reativação do futebol no Pará, que deve mesmo sem público nas arquibancadas.

* O Mangueirão pode ser local único para os 16 jogos restantes, se o Parazão for mesmo concluído em campo. "Já elaborei uma programação pra revitalização do gramado, já que nesse período vínhamos apenas fazendo a manutenção de corte", palavras do agrônomo Mesquita. Seel põe a equipe em campo a partir de segunda-feira para providências.

* Ontem a coluna contou a história do tunante Paulo Ferrer, que, sabendo que o goleiro Salvino, do Fortaleza, tinha medo de sapos, jogou alguns ao campo e perturbou. A Tuna ganhou por 5 x 1. Veio, então, a lembrança do jogo Remo 3 x 0 Palmeiras, em 1978. Na véspera, o goleiro Emerson Leão disse que viu sapos no gramado do Baenão. No jogo, engoliu dois do Bira e um do Mesquita.

Carlos Ferreira