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Paysandu tem um talismã para o acesso e Remo mantém linha sucessória de técnicos

Carlos Ferreira

Mota, o talismã bicolor, disputa quarto acesso seguido

Em 2016, no Volta Redonda, Mota conquistou não só o acesso à Série C, mas também o título da Série D. Em 2017, no CSA, acesso à Série B e o título da Série C. Em 2018, ainda no CSA, acesso à Série A. Agora, pelo Paysandu, vai à quarta decisão consecutiva de acesso. É ou não é um talismã?

Mota, baiano, 34 anos, é um caso especial no futebol. Tem flagrantes limitações técnicas, mas é arrojado e tem forte personalidade. Não por acaso, fez 135 jogos nos últimos cinco anos: 50 pelo Volta Redonda em 2015/2016, 52 pelo CSA em 2017/2018 e já tem 33 pelo Paysandu, com trajetória pra lá de vitoriosa. Toda essa aura tão positiva de Mota está a serviço do Papão contra o Náutico.

 

Leão produz fatos oportunos e imediatos

Ao dispensar cinco jogadores, anunciar a busca por um lateral direito e um meia-atacante e principalmente a contratação do técnico Eudes Pedro, ex-auxiliar de Cuca, o Remo produz fatos novos imediatos ao fim de linha na Série C. Atitudes oportunas e pertinentes para quem passa a focar no título da Copa Verde, para redenção moral e financeira.

Desta temporada o Remo já tirou o título estadual e importantes lição na gestão do futebol. O clube começou errando muito, fez remendos providenciais, teve três meses mágicos (abril, maio e junho) e voltou a pecar gravemente. Agora, a cartada com o iniciante, mas bem credenciado Eudes Pedro para levantar o moral e as finanças na Copa Verde.

 

Eudes Pedro na linha sucessória

Paulo Bonamigo brilhou no Remo em 2000 e no ano seguinte apontou Cuca, que em 1994 havia jogado pelo Leão. Como técnico, Cuca não fez tanto sucesso no clube azulino, mas tornou-se mais vitorioso que o seu padrinho Bonamigo. Agora é Eudes Pedro quem entra nesse linha sucessória, buscando projeção no Leão Azul apadrinhado por Cuca, de quem foi auxiliar por 14 anos.

O Remo faz uma investida tão surpreendente quanto interessante, sobretudo para quem já está mirando a temporada 2020, embora com ambição imediata pela Copa Verde.

 

BAIXINHAS

* Acessos já conquistados por Hélio dos Anjos: 1993, no Santo Andre da A2 para A1 paulista; 1994, no XV de Piracicaba da A2 para A1 paulista; 1999, no Goiás da Série B para a Serie A e campeão brasileiro; 2006 no Náutico da Série B para a Serie A do Brasileiro. Agora, com o Papão, trata de colocar o quinto acesso no currículo.

* Além de Lombardi, Jhonatan, Rafael Oliveira e o técnico Gilmar Dal Pozzo, já muito citados como ex-bicolores no Náutico, William Simões é mais um na lista. Capixaba, 31anos, William Simões veio do Fortaleza cheio de moral e fracassou no Papão em 2017.

* Como a coluna alertou tão logo foi anunciado o cronograma da Copa Verde, são impraticáveis as datas das semifinais e finais, que esticam a competição até novembro, com dois jogos por mês. Clubes devem pleitear a antecipação do fechamento para outubro. Afinal, só Goiás e Cuiabá terão atividades até novembro no Campeonato Brasileiro.

* Marcão Santana já estava no Sampaio Corrêa quando fez opção pelo Remo. Foi peça nula no Leão Azul. Danilo Bala, Geovane e Gabriel Cassimiro também vão embora sem deixar saudade alguma. Alex Sandro, outro dispensado, fez quatro gols em jogos oficiais e um em amistoso. Fez o gol do título estadual. Deixou alguma história.

* Em 27 jogos, Vinícius Leite tem quatro gols pelo Paysandu. É um jogador que demorou muito a justificar a contratação, mas agora está em alta com a torcida e com o técnico Hélio dos Anjos, é tem grande possibilidade de ser titular contra o Náutico no domingo.

Carlos Ferreira