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Paysandu e Remo respiram novo momento de engajamento social

Carlos Ferreira

Papão e Leão dão exemplos de engajamento social

Soaria como insanidade falar de ações de Remo e Paysandu em questões sociais relevantes, expressando posicionamento desses clubes. Pois bem! Os dois rivais paraenses já ganharam aplausos da grande mídia, como do SporTV, por exemplo, por engajamento social, tal como Bahia, Ceará e Fortaleza, que também se destacam em responsabilidade social.

No último fim de semana, Leão e Papão passaram mensagens muito importantes. O Remo jogou contra o Carajás exibindo na camisa a estrela de Davi, símbolo de campanha internacional de clubes de futebol contra todas as formas de preconceito e racismo. O Paysandu, no jogo contra o Bragantino, expressou sua condenação à violência contra as mulheres, explorando o episódio do assassinato de Jennifer, torcedora bicolor, uma das vítimas do maníaco de Marituba. 

 

Novo momento, nova conduta 

Na era das mídias sociais, em todo o mundo, as pessoas em geral estão exigindo dos seus ídolos e dos seus clubes posicionamentos críticos diante dos fatos mais relevantes. Nessa nova conduta, da era digital, Leão e Papão viram referências. Sinal claro de que os nossos principais clubes estão desenferrujando, depois de décadas de atraso generalizado. No interior, aplausos para o Paragominas com as ações educativas e inclusivas do seu projeto Meu Clube Minha Cidade.

Com o seu grande poder de comunicação, o futebol pode, deve e precisa servir à educação do povo, por mais civilidade. Todos nós que trabalhamos com futebol precisamos ter essa consciência, reconhecer, incentivar e aplaudir os clubes no cumprimento desses compromissos.

 

BAIXINHAS

* Enquanto o Remo está funcionando melhor sem bola (na marcação), o Paysandu está melhor com a bola (na articulação). O que é virtude num é deficiência no outro, há 12 dias do Re-Pa. Rafael Jaques e Hélio dos Anjos tratam de corrigir suas equipes com a maior urgência.

* Não por acaso, o Remo é o único time que ainda não tomou gol no campeonato. Além do bom sistema de marcação, tem os milagres de Vinícius. Mas no frigir dos ovos o Papão está com mais crédito. Afinal, o olhar mais atento do torcedor é sempre para o que o time produz com posse de bola.

* Luiz Felipe, ex-Santa Cruz, veio para o Papão como jogador aplicado na marcação, que é uma carência no meio de campo bicolor. Embora tenha feito 22 jogos em 2019 pelo tricolor pernambucano, ele não conseguiu emplacar. No Paysandu é uma aposta.

* Rafael Jaques revela que pretendia lançar o volante Charles contra o Carajás, mas foi impedido porque o atleta estava negociando transferência para o futebol árabe e pediu para ficar fora.

* Como a negociação não deu certo e Charles ficou, é provável que entre sábado contra o Independente. Outra possibilidade é Eduardo Ramos como atacante, se render bem nessa nova função nos treinos.

* FPF desistiu do que nem devia ter cogitado. Criação da 3a divisão estadual é página virada. É óbvio que o futebol paraense não comporta outra série de acesso ao Parazão. Só renderia vexames, improvisos e votos para as próximas eleições da Federação.

Carlos Ferreira