CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Pará, da bonança ao jejum de títulos nacionais

Carlos Ferreira
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Da Taça de Prata da Tuna, em 1985, à Série C do Remo, em 2005, o futebol do Pará teve duas décadas como seu período mais glorioso, com sete titulos nacionais. Mais um da Tuna, um do São Raimundo/Santarém e os três do Paysandu, além de dois vices com Papão e Leão na Série C. Há 18 anos, porém, está em jejum.

As glórias do Pará desde 2005 em campeonato brasileiro foram três acessos com o Remo, dois com o Paysandu e um com o São Raimundo. Mas no mesmo período ocorreram 9 rebaixamentos: três do Papão, três do Leão, um da Tuna, um do São Raimundo e um do Águia. Nesses 18 anos, Remo (569) e Paysandu (585) gastaram fortunas contratando 1.154 jogadores (e outras duas centenas de profissionais de comissão técnica), numa voracidade já copiada pelos demais clubes.

Qual a pior contratação desta temporada?

D'Agostinho, o meia venezuelano, parece imbatível. Passou seis meses no Paysandu e nem chegou a estrear. Outros também vieram e voltaram sem estrear, mas ninguém com tão longo tempo de "come e dorme". A história é tão absurda que chega a ser ridícula.

No Leão Azul as importações que viraram piadas foram Rogério, Laranjeira, Rafael Silva e Thiaguinho. Enfim, a temporada de 2023 fica marcada nas contratações não só pelos excessos e pelos fracassos, mas também por apadrinhamentos descarados.

BAIXINHAS

* O jejum do Pará em títulos nacionais é dos homens. Afinal, as mulheres chegaram lá. Em 2017 as meninas do Pinheirense foram campeãs brasileiras em decisão com a Portuguesa/SP. Este ano o Remo foi vice, decidindo com o Mixto/MT.

* Muito justo o reconhecimento público de Hélio dos Anjos à importância do preparador fisico Thomaz Lucena na reação do Paysandu. Ficou muito claro o rápido crescimento físico do time, sobretudo em força e resistência. Isso foi fundamental!

* Vinícius Leite diz que está sentindo claramente a transformação no seu desempenho físico. Para a torcida bicolor o que está claro é o progresso técnico do atleta, dando sinais de que pode voltar ao nível de 2019/2020, quando brilhou com a camisa bicolor.

* Insistir no futebol ou investir em outra profissão? Essa dúvida, comum nos atletas em início de carreira, está pertubando o zagueiro Jonilson, 21 anos, dois jogos no time profissional do Remo.

* Jonilson tem comentado com amigos a incerteza sobre a continuidade no futebol, pela insegurança de oportunidades. É um zagueiro com potencial para dar muito certo.

* Por estar em tratamento médico, Anderson Uchôa continuará em atividade no Remo, junto com Pedro Victor, que está no pós-cirurgia. Isso deve ser determinante para a permanência de ambos no clube em 2024.

* Para o Paysandu, a busca pelo acesso à Série B significa também a perspectiva de verba para obras na fase básica do  Centro de Treinamentos.  O quadrangular do acesso irá do primeiro fim de semana de setembro ao segundo fim de semana de outubro.

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