Papão e Leão caminham para recorde nos investimentos
Pelos orçamentos, obras de estruturação, novos cargos e pelas contratações, Paysandu e Remo estão caminhando para recorde em investimentos no futebol. Para a clientela, a única questão que importa é o reflexo disso em campo.
A melhoria nas condições de trabalho é um processo de resposta lenta. Os times, em remontagem, precisam de um tempo que as torcidas não vão dar. As cobranças serão imediatas, como sempre. Por enquanto, se a torcida remista tem motivos (nomes anunciados) para estar animada, a torcida bicolor parece preocupada. As contratações, até agora, não correspondem às promessas de um time para acesso à Série A, na ideia de "pensar grande".
As expectativas e os fatos
Para as expectativas criadas, o Remo está indo além nos fatos, com um executivo buscado na Série A e jogadores da Série B. Isso não é garantia de sucesso, mas é coerente e imponente. No Paysandu, até agora os fatos parecem abaixo das expectativas. Digo "parecem" porque não há muito parâmetro de avaliação técnica para os atletas que estão voltando do exterior. Mas, certamente, eles vão ter sérias dificuldades de adaptação nesses tempos de tanto calor, umidade no ar e exigência de respostas imediatas.
O fato de estarem remontando os times vai ser um complicador para os dois rivais nas primeiras rodadas do campeonato. Pelo menos em princípio, porém, vai sobrar entusiasmo.
BAIXINHAS
* Camilo, do Remo, vai completar 38 anos no dia 9 de março. Robinho, do Paysandu, completou 36 no dia 10 de novembro. Um meia "vovô" de cada lado na rivalidade Re-Pa. Robinho já tem crédito conquistado em Belém. Camilo chega precisando provar que ainda é capaz de resolver.
* Goleiro Diogo Silva foi campeão da Copa Verde em 2017, pelo Luverdense, defendendo muito na decisão contra o Paysandu, no Mangueirão. O atacante Hyuri fez o gol do CRB que eliminou o Papão na Copa do Brasil, na Curuzu, em 2021. Carrascos no passado, armas para o futuro!
* Reniê, novo zagueiro do Remo, fez 11 jogos na campanha do acesso do Paysandu em 2014. A despedida foi na decisão da Série C, título perdido para o Macaé no empate em 3 x 3, no Mangueirão. Na época, era um atleta contestado pela torcida, mas evoluiu bastante e até virou líder.
* Do presidente do Atlético Goianinense, Adson Batista, sobre Renato Alves ao tirá-lo da Aparecidense, este ano: "É um jogador que gostamos muito, é muito versátil, bom profissional, não erra passes e tem o nosso perfil". Renato Alves fez 16 jogos na campanha do acesso do Dragão à Série A.
* "Camisa raiz" na troca de uniforme do Paysandu. O tom do azul e as listras caracterizam bem o Papão pré-matketing, quando havia maior fidelidade à história e aos símbolos dos clubes. No mínimo, o Papão/2024 vem bem elegante.
* De vez em quando, Sérgio Papellin cita no Remo ideias de Rogério Ceni e do argentino Pablo Vojvoda, com quem trabalhou no Fortaleza. Aprendizado que o executivo está aplicando no futebol do Leão Azul em matéria de estrutura, organização e mentalidade.
* Do elenco do Paysandu, o volante João Vieira é o único atleta a emplacar três temporadas. Ele chegou do futebol gaúcho como aposta em 2022, foi comprado em 2023 e segue bem cotado para 2024.
* Thor Lima, atacante, sub-12, filho do governador Helder Barbalho, está determinado a ser jogador de futebol. Já foi avaliado no Palmeiras e segue alimentando o sonho, orientado e acompanhado pelo técnico particular João Galvão.