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Papão, agora é outra história

Carlos Ferreira

O clima de Re-Pa levou os bicolores à superação e aos aplausos da torcida, apesar do vice-campeonato. Hoje, contra o América, em Belo Horizonte, é outra história. Jogo mais tático, sem tanta entrega física. Ainda bem...! O time não suportaria a mesma intensidade.

Hoje, os bicolores precisam ter serenidade em meio à pressão da última posição no campeonato, máxima atenção nas funções táticas para conter o ímpeto do adversário e pontuar. Ou seja, traduzir performance em resultado. Afinal, o Papão está na “lanterna” — e isso pesa no psicológico.


Leão, com ou sem ressaca?

Por mais que tenha sido moderada, houve comemoração dos azulinos pelo título estadual. Resta alguma ressaca, a ponto de interferir no rendimento hoje, contra o Vila Nova? Essa é a grande questão, que se soma aos desfalques para desafiar o Leão a manter sua competitividade e invencibilidade.

Para compensar eventual perda fisiológica, os remistas têm o ganho emocional. Time embalado e sob fervoroso incentivo da torcida, diante de um adversário que se caracteriza pela consistência defensiva. O Vila Nova tem a defesa menos vazada da Série B — tomou apenas três gols nas seis primeiras rodadas. Jogo para paciência!


BAIXINHAS

  • Se o Vila Nova tem a melhor, o Remo tem a segunda melhor defesa da Série B, com quatro gols sofridos em seis jogos. O VN tomou um gol a menos (3 x 4), mas o Leão fez um gol a mais (8 x 7). São dois times que se equivalem, mas o VN estará mais inteiro fisicamente.

  • Sem Klaus, Sávio, Pavani, Jaderson e Janderson, o técnico Daniel Paulista remonta o Remo no 3-5-2. No treino de ontem: Marcelo Rangel; Alvariño, Camutanga, Reynaldo; Marcelinho, Caio Vinícius, Luan Martins, Pedro Castro, Alan Rodriguez; Adailton e Pedro Rocha. Por questão tática, na mudança de sistema, Felipe Vizeu sai do time.

  • O América, adversário do Papão, vive situação desconfortável como 14º colocado na Série B, apesar de ser um dos maiores favoritos ao acesso. O time mineiro tem nove pontos, mas sofreu sete gols — o que indica certa vulnerabilidade. Está três pontos abaixo do G-4 e cinco acima da zona de rebaixamento.

  • A bruxa escolheu os gringos que vinham sendo titulares do Papão: os argentinos Novillo e Borasi, os paraguaios Martínez e Delvalle — todos em tratamento de lesão. Só livrou o atacante paraguaio Benítez e o uruguaio Quintana, que viraram titulares na decisão estadual. O equatoriano Espinoza e o chileno Matías Cavalleri, ambos reservas, também estão aptos.

  • Incrível! Aos 28 anos, o zagueiro Reynaldo viveu no Remo as emoções do seu primeiro gol, marcado contra o Criciúma, e do primeiro título da carreira, num "pênalti" convertido por ele. Nada mal para quem veio recomeçar, emplacou e agora é capitão do time. Haja moral!

  • O artista plástico Apolo Neves, que pintou a tela alusiva ao acesso do Remo no ano passado, entrega hoje, no Bom Dia Pará (TV Liberal), a tela do título estadual. E, na próxima semana, vai contemplar o Paysandu com uma tela alusiva à Copa Verde. Apolo é filho de Neves, saudoso ídolo remista.

  • Nicolas em campo contra o América Mineiro. Isso chama atenção porque o atleta esteve muito perto de se transferir para o clube verde e preto de Belo Horizonte. No Papão, Nicolas segue em débito na sua performance, muito abaixo do seu potencial.

Carlos Ferreira