Os desafios de Ricardo Gluck Paul na recuperação do Paysandu

Gluck Paul e seus desafios na readequação do Papão

Presidente a ser confirmado hoje nas urnas, Ricardo Gluck Paul terá grandes desafios no doloroso processo de readequação do Paysandu à realidade de Série C. Além da ampla redução de receita, o clube perde atratividade nas contratações, por menos visibilidade e por contratos limitados ao mês de setembro. A Copa Verde passando para o pós Série C, esticaria os contratos, mas sem garantia, por ser uma competição de “mata mata” do início ao fim.

Gluck Paul fala em “mudanças profundas” no Paysandu como um todo. O futebol tem cenário sombrio e o marketing mais ainda. Por isso, é tão importante medir cada passo, sabendo onde quer chegar. E um dos objetivos fundamentais é repopularizar o clube. O projeto “Paysandu, alegria do povo” é um ótimo começo, com 500 ingressos gratuitos a cada jogo para torcedores de baixa renda. Vale como sinalização do rumo a ser tomado na reaproximação das camadas mais populares. É por aí...!

Remo: primeiras contratações são animadoras

Róbson, um volantão, tecnicamente mediano, mas muito valente na marcação. Geovane, lateral direito muito ofensivo, melhor da posição no futebol potiguar nos últimos anos. Com eles o Remo começa bem o pacote de contratações para 2019, animando a torcida para o que deve ser o novo elenco.

Vai surgindo o esboço da equipe com Vinícius; Geovane, Mímica, Keven, Robson, Dedeco, Jayme e Wállace. Esses são os jogadores com contrato. E ainda, do sub 20, o zagueiro Fábio, o volante Pingo, os meias Wanderson e Laílson. Total de 12 jogadores. Ainda faltam 16, que devem ser oito regionais e oito importados, conforme o planejamento.

BAIXINHAS

* Média de publico na Série C de 2014 foi de 15.856 pagantes por jogo, acima de tudo o que o clube teve em quatro edições da Série B:  13.737 em 2015, 8.902 em 2016, 6.161 em 2017, 5.075 em 2018. 

* Promessa não cumprida por gestores anteriores, finalmente surge no Remo o Portal da transparência, destinado a expor documentos da vida financeira e elevar a credibilidade do clube. Saudado na chegada, o tal Portal precisa agora cumprir fielmente função para merecer aplausos. 

* Foi de João Brigatti o melhor percentual de aproveitamento, entre os três técnicos que dirigiram o Paysandu na Série B. Brigatti: 43,5% (17 pontos em 13 jogos), Dado Cavalcanti:37,7% (17 pontos em 15 jogos), Guilherme Alves: 30% (09 pontos em 10 jogos). 

* Além de Brigatti, o auxiliar Alex Nascif também vai ser mantido na comissão técnica do Papão. Pesou a favor dele a vivência na Série C como auxiliar-técnico e analista de desempenho, no Tupi, no América Mineiro e no Cuiabá. 

* Latetal Geovane, 23 anos, fez cinco gols em 85 jogos pelo Globo. O Remo é o primeiro clube de grande torcida na carreira dele. Poderia ter sido o Paysandu, que, no entanto, não teve êxito ao tentar contratá-lo em agosto. 

* Perdendo o patrocínio da CEF, o Paysandu vllta para o Banpará? A verba que era do Papão foi derivada para custos de logística do campeonato. Portanto, o reatamento imediato dependeria de ajuste orçamentário. 

* Foi em 2008 o último Campeonato Brasileiro com Remo e Paysandu em igualdade (Série C). O colunista se confundiu na edição de ontem, citando 2006, o ano que se enfrentaram pela última vez no CB, àquela altura na Série B.